E como a matéria tem que se espiritualizar na exata proporção que o espírito tem que se materializar.

Projetistas fazem canais, arqueiros airam flechas, artífices modelam a madeira e o barro, o homem sábio modela-se a si mesmo. – Buda Gautama Sakyamuni

“Te Advirto, quem quer que sejas, Oh Tu que desejas sondar os Mistérios da Natureza. Como esperas encontrar outras excelências, se ignoras as excelências de tua própria casa? Em Ti está oculto o tesouro dos tesouros.

"Lembra-te que não é o que tu pensas que cria o que tu És. É o que tu És que criou o que tu pensas e que se afastou disso. Assim, portanto, a Vibração estava ligada à consciência mas do vosso ponto de vista: aquele da personalidade."

“Não acredite no que você ouviu;
Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;
Não acredite em algo porque é dito por muitos;
Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;
Não acredite em conjecturas;
Não acredite em algo como verdade por força do hábito;
Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.
Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão
e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então, aceite e viva para isso.”

Siddharta Gautama, o Buddha


Sim!...o tao sabe disso!
hipocrates sabia disso!
a homeopatia sabe disso!
não existe doenças e sim doentes!
uma pessoa so recebe um vírus...
quando o seu corpo ja esta pronto para recebe-lo!
ou seja,...
ja quebrou sua cadeia imunológica!
e assim é com qualquer patologia!
por isso!....
a unica cura verdadeira!...
é saber conservar o corpo dentro das leis que o regem!
Tomaz Aldano



“Nem mente, nem intelecto, nem ego, nem sentimento ..."
Só amor sabedoria.

Na verdade, é por focalizar-se mais e mais na luz que você atrai a escuridão e você terá que começar a lidar com ela num momento, pois ela é algo que torna você mais poderoso e mais
perigoso para as forças do mal.


31 de outubro de 2012



TRANSIÇÃO..O DIVINO DRAMA





 Ensinamento de Meishu Sama


O DIVINO DRAMA





O Plano de Deus está atuando de maneira maravilhosa. Podemos denominá-lo de Divino Drama, do qual todos nós, desta Era, somos os participantes.


Sem esta compreensão, deixaremos de saber interpretar os momentos dos acontecimentos do nosso tempo, de compreender que à medida que avança a reconstrução, também cresce a destruição.





Em todo e qualquer drama existem personagens virtuosos e perversos. Quase sempre os virtuosos são importunados pelos perversos, mas depois de serem impiedosamente atormentados por longo tempo, geralmente a peça termina com a vitória do bem.









É um final feliz.


O Divino Drama, cosmicamente ordenado e agora desenrolado no palco do mundo, é um modelo.


A mudança do presente ciclo é de inconcebível grandeza.


O nosso entendimento sobre este acontecimento sem precedentes será proporcional ao nosso esclarecimento e à nossa capacidade de compreensão.


Á medida que a Nova Era avança e que cresce a atuação do espírito do fogo, a purificação ou doença, também aumenta.


As calamidades como guerras e catástrofes naturais, cada vez mais podem ocorrer, até o mundo experimentar uma época de terror. De um modo geral, os homens podem representar o papel de espectadores nas cenas de guerra.


Mas, nas cenas de enfermidades, eles deverão Ter ativo empenho.


Servir à Humanidade é mais digno do que representar papéis de violência ou de destruição.


A lei da vida exige que nós vivamos as nossas vidas construtivamente.


Estamos na aurora da Era da Luz do Dia.


À medida que ela avança, e que o espírito do fogo se manifesta mais intensamente, o batismo pelo fogo será ainda mais forte, isto é, o poder purificador da Luz será maior.


De acordo com a Lei da Concordância, à medida que o invisível Mundo Espiritual empreende intensa purificação, os que se encontram no Mundo material cujos os corpos espirituais forem excessivamente maculados, encontrarão dificuldades para suportar as crescentes e frequentes purificações.





Somente aqueles que estiverem suficientemente puros poderão sobreviver. Alguns também poderão sentir dificuldades durante o tempo da grande purificação.


Devemos nos empenhar para estarmos preparados espiritual e fisicamente, se desejamos passar por este período com relativa facilidade.


Este grande drama cósmico foi denominado Juízo Final. ( Transição Planetária )





O nosso planeta é o palco, no qual a representação esta sendo levada.









Um tão extraordinário drama não poderia ser vivido em qualquer outro tempo da História.


O conflito entre o bem e o mal é desenvolvido de forma bastante complexa, até que o último perverso seja dominado.


O número de personagens perversos é maior do que o número de personagens bondosos, e aqueles que fazem os desempenhos maldosos realmente merecem piedade.





Amor do Supremo Deus salvará tantos quantos for possível, atuando através dos sinceros instrumentos da Sua Divina Luz.


Os messiânicos sentem-se chamados a servir como Seus instrumentos.









SER SIMPLES... UNIDOS PARA " UM MUNDO MELHOR "


NAMASTÊ!

24 de outubro de 2012



Quando não ha mais resistências
não ha mais nenhuma dor!
...nem fisica!!!




Tudo depende, mais uma vez, unicamente das suas resistências,

unicamente do seu olhar, e do que pode permanecer,

em vocês,

das diferentes formas de apego.

Quando não ha mais resistências,não ha mais nenhuma dor!

nem do passado

nem do presente

nem do futuro (preocupação com o mesmo)

nem fisica

nem mental

nem sentimental

enfim

libertação total

nasce o paraiso

independente de qualquer força externa

não ha outro caminho

a separação do joio do trigo que começa agora

so dependera entre

ser ou não ser isto!!!

não ha mais tempo!!!

o tempo...

é...agora!!!


tomazaldano

21 de outubro de 2012


< Menssagem Telepática decodificada Destinada à Consciencia Superior dos seres humanos Cardio-Receptivos - Importante >





" Nós não podemos e não queremos interferir com o Desenvolvimento Físico-Espiritual de sua cultura e sociedade.

Não podemos chegar e nos apresentar com as soluções para todos os seus problemas individuais e coletivos,

pois estamos justamente esperando e avaliando se vocês são capazes de resolverem seus próprios problemas individuais e coletivos em União com sua própria raça.

Vocês devem ser capazes de escolher Despertar para o Verdadeiro Potencial Divino e Ilimitado de vocês agora, por Inspiração própria e sem esperar por alguma crise individual ou catastrofe Global para começarem a mudar,
..ou que alguém lhes diga que é isso que vocês devem fazer.

No entanto vocês fazem escolhas diárias e agem constantemente como se esperassem algo de ruim acontecer para criarem uma mudança em vocês, ... mesmo alguns de vocês já sabendo que essa mudança é necessária e que vocês não tem mais tempo a perder.


Estamos enviando constantemente mensagens de Despertar para vocês.
Essas menssagens estão codificadas e se manifestam disfarçadas de suas próprias Idéias e Criatividade.

Fazemos isso o tempo todo !
...normalmente enquanto vocês dormem e enquanto vocês devaneiam, que é o momento em que o Silencio de vocês os deixam mais receptivos e seus Egos não filtram aquilo que é comodo para vocês se focalizarem.

Enviamos tb, constantemente, a nossa Luz de Frequência mais alta, para que vocês consigam subjulgar o seu Ego e dar espaço para a sua Consciência Superior se manifestar.
( Essa, na verdade, é a Melhor ajuda que damos a vocês. )

Muitos de vocês continuam permitindo o seu Ego julgar tudo e todos, pois vocês não querem aprender a diferença entre escutar a voz do seu Ego e escutar a Voz de sua Consciência Superior aliada ao seu Coração.
Vocês ainda se incomodam de sair de suas Zonas de Conforto e reagem a essa ideia com raiva. Raiva essa, que a propósito, nada mais é do que seu próprio Coração pedindo para ser escutado nessas horas.

Vocês ainda estão muito divididos em todos os assuntos mais importantes de suas sociedades, mas a massa Crítica de Pessoas necessárias para um Salto Quântico no Despertar coletivo de vocês, está aumentado.

Estamos literalmente no meio de vocês com uma grande Equipe de Terra.
Alguns estão fazendo os seus Trabalhos de Luz ainda inconscientemente, mas guiados por nós através de suas mentes subconscientes, com a qual podemos nos comunicar sem interferências, ...outros, já sabem muito bem que são agentes nossos.

Alguns de vocês não são daqui. O veículo físico de vocês foi concebido aqui, mas uma outra Mente-Consciencia foi instalada como parte de nosso Programa de Interação e Ajuda para o Despertar da humanidade.


Vocês não precisam acreditar em nós para Despertarem e iniciarem a sua purificação.. porque essa crença de nada lhes serve se vocês não acreditarem em vocês primeiro.

Parem de se preocupar e de se focalizarem nas conspirações que estão acontecendo ao seu redor para atrasar o seu Despertar e Transição, pois assim vcs só fortalecem o Controle Sobre vocês mesmos e os outros.
Não viemos aqui para revelar quem está por traz das conspirações que acontecem ao seu redor e quem as comanda, pois esse conhecimento só serve aqueles de vocês que sabem o que acontece mas não temem o que acontece... e se Focalizam nas suas Mudanças Interiores em Silencio e em Estado Constante de Amor.


Lembrem-se:
> Vocês energizam com sua própria Força Vital Tudo aquilo que vocês dão Atenção.

Os controladores do seu planeta e as raças que vêem vocês como propriedade deles, conhecem a Mecânica dessa Lei de Energização Mental, e por isso muitas Conspirações estão sendo reveladas e estão "vazando" neste período, de propósito.
Suas Consciencias estão se acelerando e se tornando mais poderosas, e como eles, a Elite controladora Global, não podem impedir totalmente esse efeito, eles estão usando isso contra vcs mesmos através de tecnologias que vocês ainda nunca ouviram falar e das Sugestões Visuais difundidas pelos meios de Comunicação de Massa de seu planeta, pois as aparências externas e fenômenos físicos de sua Densidade ainda fascinam e distraem Muito vocês.


A última menssagem que quero deixar a vocês agora, é para vocês abrirem o seu Campo de Visão sobre o que está acontecendo.

< Vocês precisam se Focalizar no Quadro-Todo >

As tecnologias e Sugestões Visuais que mencionei, não vão funcionar em vocês e nem vão manifestar qualquer efeito nocivo em suas realidades se vocês mantiverem o Foco no Quadro-Todo !


Alguns de vocês ainda confundem o limite de seu campo de visão,
com o limite de alcance de suas ondas cerebrais e cardíacas. ( ...pensam que a única realidade que existe é aquela que vocês enxergam e convivem no pequeno espaço de atuação do seu dia-a-dia e que suas ondas cerebrais e campo magnético cardíaco possuem um limite espacial de alcance ).

E também confundem ainda, o limite daquilo que conhecem, ( que aprenderam em escolas e que vêem na tv),
com o limite da Verdadeira Realidade de Infinitas possibilidades Multi-Dimensionais do Universo.

> A Realidade de vocês será do tamanho daquilo que vocês dão atenção;

...e ela manifestará tudo aquilo sobre o que vocês falam e se importam.


Entender as coisas, não é mais a chave para saber o que vocês devem fazer.

Vocês agora precisam AMAR,

... é só !

Amar sem esperar nada em troca.

É isso que vai permitir a mudança completa de vocês.

O seu ADN não resistirá sua Atualização Transcendental Iminente dentro de um corpo e mente que não se vê como algo Sagrado e Divino.

Parem de se preocupar com coisas, confortos e diversões egoístas que dão um falso e temporário prazer somente aos seus Egos Inferiores e lhes mantém aprisionados e dependentes em suas Zonas de Conforto com grades de Ilusão Separatista.



•--> As suas preocupações mundanas individuais diárias se tornariam instantaneamente IRRELEVANTES, se vocês Soubessem da Enorme Atividade e Ajuda que existe no meio e ao redor de vocês por parte de sua Família Estelar e se vocês Reconhecessem Realmente o Valor das Mudanças Maiores que estão acontecendo.

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> Reverencio e Saúdo agora vocês, nossos Amados descendentes e Potenciais Fundadores da Nova Terra - o Décimo-terceiro Planeta - com as palavras terrestres que traduzem melhor a Energia de nossa Essência Cósmica, Foco, e Presença neste mundo e neste momento
do tempo linear de vocês. "


*** Eu Sou Outro Você ***

* ((( Nós Todos Somos UM ))) *


((( ♥ )))



( Eu Sou Anarkyll C. Zydik, Oitavo Conselheiro arkawna da a.c.m. Mandalla / ex-agente do "Projeto Antennas" - através de Spirit Vehicle Pedro III )


O PODER QUE CRIOU SEU CORPO É O ÚNICO PODER QUE PODE CURAR SEU CORPO










 Mensagem dos Guias Angélicos Canalização: Taryn Crimi Em 12 de outubro de 2012 Hoje gostaríamos de focar sua atenção nas habilidades poderosas de cura que seu corpo já possui. Há aqueles de vocês que estão sofrendo de várias formas de doenças. Elas vão desde o "resfriado comum" até as doenças "terminais". Saibam que nada acontece no plano físico antes de acontecer no plano espiritual de existência. O que queremos dizer com isto? Queremos dizer que nada pode acontecer a vocês no físico antes que se manifeste primeiro em suas mentes e, portanto, no plano espiritual de existência. Nosso objetivo hoje é discutir o que vocês podem fazer para se curar de qualquer mal de que estejam sofrendo, grande ou pequeno. Começaremos do início, certo? Queremos que pensem em como um corpo humano é criado. Ele começa com duas pequenas células e se desenvolve até chegar a um corpo humano totalmente funcional em apenas um período de nove meses. Verdadeiramente é praticamente miraculoso de observar. Seus corpos são tão engenhosamente projetados que podem decompor seu alimento e determinar o que é necessário ou que não pode ser utilizado pelo corpo imediatamente após o nascimento. O corpo sabe inatamente o que cada uma de seus trilhões de células precisa em cada e em todos os momentos. Ele processa um tremendo número de tarefas em determinado momento, desde o batimento de seu coração para que o oxigênio preencha o sangue e reabasteça todo o corpo até decifrar os incontáveis sinais químicos do cérebro criados por suas emoções milhares de vezes por dia. Vocês realmente pensam que um ser que é capaz de fazer tudo isso sem um pensamento consciente não seria também projetado para se curar e retornar a um estado constante de equilíbrio? Eis aqui o verdadeiro foco de nossa discussão de hoje. Seus corpos são projetados para se manter em um constante estado de equilíbrio o tempo todo. Então por que as pessoas ficam doentes? Quando suas crenças ficam desequilibradas, suas mentes e, portanto, seus corpos ficam desequilibrados, o que permite que a fraqueza surja onde deveria haver força impenetrável. Saibam que verdadeiramente não existe um vírus contagioso. Verdadeiramente não existe uma doença que vocês podem pegar quando seu corpo está em estado de equilíbrio e harmonia. No estado mais alto de equilíbrio, seus corpos permanecem calmos e em harmonia. É somente quando vocês permitem que crenças tóxicas entrem em suas mentes que a doença e o mal-estar podem penetrar no templo de seu corpo. Então, o que vocês deveriam fazer se já estão doentes? Precisam trazer seu corpo e mente de volta ao equilíbrio. Os humanos ocupam-se de uma forma inacreditável e nunca se dão o tempo que o corpo precisa para se restabelecer. Sentar-se na natureza, caminhar entre árvores ou sentar-se na areia do mar é um modo fantástico de seu corpo retornar ao alinhamento. Outro método que funciona bem é sentar-se em silêncio e ouvir uma música calma. Vocês também podem se permitir visualizar toda a tensão sendo liberada de suas mentes e corpos enquanto permanecem em um estado de tranquilidade. E outra sugestão que temos é passar um tempo com o reino animal. Muitos animais são curadores maravilhosos e estão inacreditavelmente em sintonia com o divino. Vocês também podem fazer coisas que lhes ponha um sorriso na face ou os faça rir. O ato de rir, sozinho, produz uma vibração superior em seu corpo e é tremendamente curador por esta razão. Muitas vezes suas doenças são uma tradução muito literal das crenças que vocês mantêm e que estão fora do alinhamento com o seu verdadeiro eu superior. Vamos dar alguns exemplos: Quando uma pessoa apresenta problema de coluna, ele normalmente está diretamente relacionado às crenças e atos dela estarem fora do "alinhamento" com seu eu superior; ela está criando resistência na forma de sua coluna sair do "alinhamento". Quando uma pessoa tem dor de garganta, frequentemente está diretamente relacionado à necessidade de comunicação ou ela está resistindo à comunicação que ela precisa estabelecer ou com seu eu ou com outro. Quando uma pessoa apresenta problemas de fígado ou rins, normalmente tem a ver com a resistência a processar suas crenças, porque, lembrem-se, os rins e o fígado são os responsáveis pelo processamento dos resíduos de seu corpo. Quando uma pessoa experimenta câncer, isto pode ser devido a pensamentos cancerígenos ou tóxicos que se permitiu criar raiz na mente por tanto tempo que ela criou células cancerígenas dentro do templo do corpo. Agora, nós sabemos que este é assunto delicado, porque há muitos que lerão isto e eles mesmos ou um ente querido sofrem de câncer ou uma doença terminal. Esta é uma das causas principais de morte entre a raça humana. Mas nós dizemos isto não para acirrar ânimos, mas para dirigir sua atenção para a causa e então ela poder ser erradicada. Vocês são criadores poderosos de sua própria realidade: se vocês não assumirem a responsabilidade por suas experiências na sua realidade, então lhes é impossível ser capaz de mudar suas experiências para melhor. Saibam que os pensamentos cancerígenos não precisam ser necessariamente seus. Às vezes aqueles que estão sofrendo de doenças como o câncer são almas muito sensíveis e normalmente são empáticas e estão assumindo e processando os pensamentos tóxicos para os outros. Mas isto, contudo, não faz diferença, seus corpos ainda são muito mais do que capazes de recobrar o equilíbrio de qualquer estado independentemente da causa. Há alguns casos em que a alma concordou encarnar com um determinado defeito ou doença. Isto é sempre pelo propósito de crescimento da ala e nunca uma "punição" vinda de outra vida levada em "pecado". Frequentemente a doença permite oportunidades para um tremendo crescimento da alma que, caso contrário, não teriam surgido se não fosse pela doença. Entretanto, a doença ainda pode ser superada e esta pode ser uma das razões por que a alma escolheu encarnar no físico com a doença: superar os desafios que ela propositadamente colocou em seu caminho. Quando uma doença é experimentada em sua realidade ela pode ser vista como um benefício. Como assim? Qualquer experiência, vista como boa ou ruim, é somente um reflexo de suas crenças. A doença se manifestou em sua realidade para lhes mostrar o que está fora de equilíbrio e, portanto, vocês podem identificar a crença que é responsável pelo problema e então escolher remover a crença se for algo que vocês não mais desejam experimentar. O poder da mente é tremendamente eficaz e muito influente no resultado da doença; Há alguns de vocês que morreram de nada mais do que um simples "corte com papel" porque acreditavam tão fortemente que não se recuperariam. E há muitos outros que literalmente retornaram da "porta da morte" contra todas as probabilidades porque acreditavam tão fortemente que iriam superar a doença. Temos certeza de que muitos de vocês conhecem o efeito placebo. Para aqueles de vocês que não conhecem, é quando um grupo de pacientes que reclamam do mesmo problema é dividido em dois grupos. Um grupo recebe uma pílula de açúcar sem propriedades medicinais e o outro grupo recebe o "remédio" que se julga que irá curar a doença. Nenhum grupo é informado sobre qual pílula está recebendo. Verdadeiramente, o que está curando a doença não é nada além do que as crenças daqueles que estão tomando as pílulas independentemente das propriedades que a pílula contém. Muitos procuram a medicina para curar seus problemas: mas saibam que a medicina é somente um meio da mente ser convencida de que o problema será removido com sucesso. Verdadeiramente não existe remédio que possa curar seu corpo se vocês não acreditarem que ele será curado. Suas crenças são fortes assim. Sim, algumas formas de remédio podem mudar a composição química de seu vaso físico, mas os efeitos são governados pelas suas crenças. Dois pacientes com a mesma doença, com sistemas imunológicos similares, podem, cada um, tomar o mesmo remédio: um paciente pode ser dar bem e rapidamente se curar e o outro paciente pode até piorar. A única diferença está totalmente em suas crenças. Se vocês não puderem ou se não assumirem a responsabilidade pela causa da doença, então como poderão ser responsáveis pela cura dela? Suas mentes são mais do que capazes de curar qualquer doença de que estejam sofrendo, providenciando que suas crenças estejam em alinhamento com a cura de seu corpo. Vocês estão se aproximando de um tempo em que as doenças não mais serão experimentadas em seu mundo. As dimensões superiores não apoiam tais experiências. Esperamos que esta discussão lhes sirva de algum modo. Estejam bem. No amor e na luz, Nós somos seus Guias Angélicos. .....---ooo000ooo--...... Copyright©2012 por Taryn Crimi. Todos os direitos reservados Você pode compartilhar e redistribuir este material contanto que não conteúdo seja copiado integralmente e sem alteração, seja distribuído gratuitamente e esta nota de direitos e o link sejam incluídos:http://angelicguides.wordpress.com/ Fonte: http://lightworkers.org/channeling/ Tradução: Blog SINTESE http://blogsintese.blogspot.com

13 de outubro de 2012


OS 5 GRUPOS EM EVOLUÇÃO NO PLANETA


OS 5 GRUPOS EM EVOLUÇÃO NO PLANETA
Os Star Seed - Crianças Índigo.
Por André Louro de Almeida


Há 5 tipos diferentes de seres evoluindo no reino humano. Estas divisões não são rígidas, existem exceções, ou porque se trata de seres extremamente evoluídos ou de seres extremamente atrasados ou porque são seres que, de algum modo, ocupam zonas de transição entre estes 5 níveis.

Esta escala pode-nos ajudar a compreender mais rapidamente porque é que fomos atraídos ou repelidos de um ambiente, ou porque é que determinada pessoa está próxima de nós ou subitamente se afasta.

Este planeta não existe em nenhuma dimensão estável, nós estamos num planeta que entrou nos anos 80 na dimensão três e meio, significa que todas as nossas experiências tendem para a hibridação. Todo o doce traz o seu elemento de amargo, todo o amargo traz o seu elemento de doce, toda a solidão é passível de ser interpretada como um convite a outro tipo de acompanhamento, todo o convívio pode revelar-se francamente estéril na proporção em que tu tens necessidade de te aprofundar.

Nós não estamos numa fase em que não existem experiências absolutas fora de nós, porque o planeta está a esvaziar rapidamente os seus reservatórios de energia que alimentavam o modelo da terceira dimensão e está a ser reabastecido com energia que visa a reformulação do jogo de forças para desmaterializar a Terra e rematerializá-la noutro contínuo. Este salto dimensional é aquilo que neste momento a entidade Terra se está preparando para dar.

Atualmente temos um número de seres que não mais pertence à evolução humana, ele atrasou-se de tal forma que os atratores entre o espírito e os elementos (átomos permanentes) perderam qualidade de constituição humana. Atrasaram-se tanto no caminho cósmico e desfasaram-se tão profundamente da escola terrestre, que não se pode dizer mais que pertencem ao reino humano, eles podem até ter uma forma androide, mas, energeticamente, não pertencem ao reino humano.

Eles estão, sobretudo, no plano astral e daí controlam pirâmides de condicionamento hipnótico que vão desaguar na mente das massas. Estes seres defasaram-se de tal forma da evolução humana que não podem sequer reencarnar, nem religar-se à forma e ao corredor ascendente. É um número muito reduzido, serão reconduzidos a evoluções que se encontram no princípio da oscilação matéria/energia. Têm que readquirir, de novo, em níveis abissais em termos de tempo, a capacidade que a mônada tem de se vincular à matéria evolutiva. Então, temos um clube de magos negros com que não nos ocupamos especialmente – 1º grupo.

O 2º grupo de seres, vastíssimo neste planeta, são os inertes. São seres que se encontram dentro do reino humano, respondendo aos limites básicos da condição humana, vibrando minimamente de acordo com as leis essenciais da convivência entre os homens, contudo, há muitas vidas (2000 anos ±) que não respondem ao impulso evolutivo, ou respondem nos mínimos. Significa que um indivíduo que era um mercenário na antiga Roma, hoje continua a ser um mercenário.

Um indivíduo básico há 2000/3000 anos atrás, hoje, continua com o mesmo enquadramento energético, respondendo aos mesmos estímulos e vivendo da mesma forma.

Este 2º grupo é muito vasto e inclui também seres que sendo completamente inertes, só respondem a uma energia superior quando a disciplina da dor aguda tem de ser invocada pelo seu próprio espírito, são seres que só respondem ao magnetismo superior quando a dor atinge níveis muito profundos, muito especialmente na dor física e emocional.

O 3º grupo de seres são os vacilantes. Eles vivem em dois estados de consciência, respondem ao chamado, buscam estar frente tanto quanto possível a esse chamado, têm uma consciência estável de que o Universo não termina nos níveis imediatos da experiência, experimentam um tédio profundo com as soluções da nossa civilização, sentem um chamamento magnético sério, autêntico, para o caminho superior, no entanto, não estão dispostos a passar pela disciplina oculta que os retira da vacilação.

Depende de quem for o “senhor” na sala, de quem for a “força” presente em casa, do meio ambiente. Eles ainda não aprenderam a transmutar as energias do meio ambiente e, portanto, a transformar-se num dínamo de luz. Se o meio ambiente for positivo, expansivo, criador, libertador, são capazes de acolher essa vibração nos seus corpos, amá-la, cultivá-la o mínimo e procurar permanecer dentro dessa vibração, mas se a vibração subitamente se altera, ou se o ambiente é degenerativo, involutivo, tóxico, negativo, eles também facilmente acolhem isso e deixam-se adormecer no embalo das forças involutivas. Os vacilantes é um imenso grupo humano.

Então, nós temos os refratários à luz que têm que recomeçar a evolução a partir do Alfa, novamente. Depois temos os inertes que são seres que não respondem à vibração superior, mas também não ousam atravessar outras portas inferiores, justamente porque são inertes.

Depois os vacilantes que são seres que são como um cata-vento não tem energia própria, refletem energia do meio ambiente. A grande qualidade que vem em auxílio do vacilante é a tristeza. Se o vacilante não sente tristeza, angústia, desamparo, estupidificação, rudeza, mediocridade no seu ser ele poderá permanecer vacilante indefinidamente. Então, o motor do vacilante é o mal estar, é através do mal estar que o vacilante aprende a aquiescência, a obediência oculta ao controle exercido pela sua própria alma.

Ele devia ter no mal estar o seu maior mestre. O mal estar psicológico, uma sensação de defasamento entre o que ele vive e o que ele é, a confusão entre o centro e a circunferência, a indefinição de uma afirmação de princípios orientadores superiores, a falta do fogo de Sagitário que é o que define especificamente o vacilante, ele não tem um magneto que o mantém coligado, indefinidamente, ao seu próprio caminho.

O 4º grupo são os despertos, progressivamente firmes, lúcidos e preparando-se para a ação.

O 5º grupo pode ser definido como as sementes de estrela. Este é também um grupo relativamente reduzido, são algumas centenas de milhar no planeta, apenas.

Enquanto que os 4 primeiros grupos são seres da escola da Terra, as sementes estrela não são da Terra. São seres cuja dimensão de amor era suficientemente potente para que eles se apaixonassem especificamente neste período crítico do planeta, e as sementes estrela são completamente diferentes dos que evoluem na escola terrestre, têm dificuldade em sentir o leque de emoções humanas disponível: paixão, fixação; apego, confusão mental; cobrança emocional.

O corpo emocional deles não vibra com estas coisas e, invariavelmente, têm respostas emocionais muito profundas a coisas que para a maior parte dos seres humanos são apenas vagamente interessantes, ou seja, têm respostas emocionais muito profundas às grandes árvores, às estrelas às três e meia da manhã no alto da colina, ao comportamento dos golfinhos, à telepatia infantil, às lágrimas de prata que não se confundem com as de sal. A lágrima de prata é o momento em que o peregrino espiritual deu o seu máximo e fica aguardando a mão do Mestre.

Estas sementes de estrela vêm fazer uma enxertia de raças por um processo de osmose de consciência na transição planetária (a consciência tem impacto sobre o ADN).

Atualmente este vaso onde evoluímos está a ser submetido à lei da economia, num nível muitíssimo mais forte do que até hoje. Significa que as relações entre estes 5 grandes grupos humanos estão a ser sintetizadas, de forma que, se te manténs alinhado, correto, simplificado, lúcido dentro da vibração que te qualifica, vais encontrar seres do grupo que te corresponde.

Os refratários sofreram uma fossilização da consciência e não respondem à evolução.

Os inertes, pela vibração que desenvolveram nos seus corpos, não podem continuar na Terra. A escola terrestre vai subir uma oitava e vai passar a ter como vibração mínima, a vibração do amor fraternal. Presentemente a vibração mínima é a da sobrevivência, é a básica – chacra da raiz – é a fonte de motivação psicológica do comportamento humano.

Na nova Terra o ponto de partida é a vibração da fraternidade, e os inertes não podem responder a esta energia. Seria uma violência estes seres serem obrigados a permanecer na nova Terra, porque não têm forma como interagir com este novo universo, seria extremamente doloroso para eles, porque não teriam feito o aprendizado plástico que conduz minimamente à fraternidade.

Estes seres já estão desencarnando em grandes quantidades e a ser levados por condutos internos às suas novas moradas, que correspondem à equação de dor/conflito específica para fazê-los sair da concha comportamental na qual se auto encerraram nos últimos milênios.

Então, esta nova morada é um ato de amor para estes seres. Quando observamos que desapareceram 20.000 pessoas em 10 minutos, o mais certo é a maior quantidade desses seres, que abandonaram a dimensão física, terem sido conduzidos para novos pontos no cosmos.

Assim como a mãe Terra está dispensando espécies que não correspondem mais à organização de evolução de consciência que ela busca fazer nos próximos tempos, muitas espécies estão a desaparecer por impacto ecológico, outras estão a desaparecer porque a mãe Terra está a preparar novos veículos, novos vasos biológicos para consciências e para as mesmas essências que se exprimiam através daqueles seres. Diariamente desaparecem 12 a 15 espécies, incluindo insetos.

Da mesma forma que a transformação da biosfera terrestre está a acontecer, também a humanidade está a sofrer uma limpeza e uma seleção. Então, nós temos todos os inertes a serem conduzidos, amorosamente, para outras moradas cósmicas.

O grupo dos vacilantes, finalmente, está prestes a entrar em pânico, porque o vacilante só sai daquele ponto quando entra em pânico, não no sentido da instalação de uma esquizofrenia temporária entre ele e o exterior, não, pânico no sentido em que os instrumentos dele, a leitura que ele faz da realidade e o conforto que ele sente em passar de uma porta para outra, de um Senhor para outro “senhor”, de um mundo para outro, termina, não funciona mais. As portas começam a fechar e é cada vez mais difícil para o vacilante retornar ao passado ou retornar ao futuro.

Cada vez que um vacilante hesita entre o passado, a cauda, o velho, o superado, o venenoso e a nova condição planetária, neste momento, a porta que antes abria e fechava tranquilamente, começa a ficar rígida, e portanto, a energia, o carma, a impressão de perca de comboio que o vacilante começa a ter é cada vez mais forte e ele começa a sentir tristeza, angústia, defasamento, alienação e, finalmente, pode atingir, dentro do relógio terrestre, o ponto de crise que o retira da condição de vacilante para a de vigilante (obviamente que não há aqui separações rígidas, isto é uma gradação de consciência).

À medida que os super visionadores da evolução deste planeta terminam as contas e à medida que o balanço é feito, o ciclo cumpre-se e os vacilantes precisam saltar para a plataforma de resgate. Resgate, no sentido da ascensão dum planeta, não é uma frota extraterrestre que te vem buscar ao vale, resgatando o teu corpo físico, isso, inclusive, está preparado, mas resgate verdadeiramente é a passagem facilitada pelos vigilantes para as plataformas de luz do ser. Tu és uma realidade multidimensional, tens dentro de ti as grandes prisões e os grandes espaços siderais.

O vigilante já não está só vigiando por ele, se tu te sentes um vigilante (um ser com um mínimo de vacilação), um ser magnetizado na realidade pura, que chama dentro de ti, qualificado pela tua espiritualidade até às últimas consequências, tu és um vigilante. Tu és o umbral de centenas de seres. A fortificação do teu ser, arquitetonicamente, no limiar do tempo, é uma condição de resgate para centenas de pessoas.

O vacilante caracteriza-se por um ser completamente idiotizado quando não está em contacto com o seu ser profundo – coisa que não acontece com os outros – e um inspirado quando em contacto com o seu ser profundo.

Enquanto nós estamos num ciclo em que a alma faz a manutenção da nossa personalidade, tu podes ter qualquer comportamento que a alma sustenta, ou seja, mantém a inteligência, o poder de análise, de decisão, de intervenção, o poder de funcionar no mundo. Quando o ciclo termina e quando a personalidade já está esculpida o suficiente, os comportamentos humanos comuns tornam-se esgotantes.

Quando um ser humano tem um dia absolutamente normal, digo honesto, são coerentes com os seus princípios e chega ao fim do dia exausto, significa que ele não nasceu para ser normal. A alma dele não apoia mais a vida normal, porque vida normal é o estágio da consciência que colocou o planeta no estado sócio econômico em que ele se encontra.

Exemplo de normal:

1º – É considerado normal gastar por minuto em armamento o que não se gasta em 3 anos em saúde.

2º – A taxa Toblin foi criada por um economista nos anos 70 que define que: se por cada transação internacional entre países fosse cobrado 0,005% da transação pelas Nações Unidas, e se esse dinheiro fosse entregue às N.U., a dívida do 3º mundo desaparecia em três semanas. Ao fim de 1 ano tínhamos hospitais, escolas e universidades por toda a África Central. A taxa Toblin foi considerada irrealista. Foi a consciência normal que decidiu que esta taxa era inaplicável. Dias normais não mais podem prover o campo de sustentação que mantém a tua consciência acima da sonolência.

À medida que os vacilantes se firmam nos seus postos, transformam-se em passagens, em vibração condutora para centenas de vacilantes. Quem é que estarás encontrando nos próximos meses? Dezenas e dezenas de vacilantes. Um vacilante que tu podes ajudar é comparável a um ovo com o período de chocagem quase pronto e o vacilante vem ter convosco para vocês se sentarem em cima dele, uns minutos, até sentirem a casca quebrar.

Existem milhares e milhares de seres cujo Cristo penetrou a rede de consciência e fala no interior deles mas a passagem da boa vontade para a vontade boa ainda não se fez nestes seres. Então, eles vêm ao teu campo vibratório para ser chocados, para que lhe seja dado, secretamente, pelo teu tom de voz, pelo brilho do teu olhar, pelo magnetismo que irradia de ti, pelo teu silêncio, vêm para receber o último estímulo que lhes dá a coragem, a segurança, o calor, a ternura que propicia eles saírem da casca e assumirem-se como seres em progressão espiritual, e um vigilante hoje é absolutamente precioso porque ele contém, em si, exatamente o que a humanidade como um todo mais necessita, que é afirmação clara de que há um caminho e que há hierarquias que chamam.

O fogo é o elemento em ti que te leva a persistir mesmo que todas as forças tenham sido esgotadas: as energias físicas – terra; as emocionais – água; as mentais – ar. Todas são esgotáveis, mas o fogo em ti – o fogo é a tradução da mônada na estrutura psíquica – é inesgotável, vai estando constantemente impelindo-te para frente.

Os próximos 10 anos são de fogo ou de trevas, não são anos de ideologia ou de troca de manutenção de regimes emocionais velhos, nem de conquistas físicas, eles vão ser anos de fogo ou de obscuridade. Este fogo é o agente em ti que permanece impulsionando, em qualquer estado estás sendo estimulado e à medida que ele evolui, esse estímulo rompe e torna-se plenamente consciente.

O fogo é aquilo em ti que avança destemidamente, que conquista onde a humanidade hesita. Quando tu caminhas com essa chama, nesta altura dos acontecimentos, estás a atrair para ti massas de elementais para serem dissolvidos nessa chama. Um elemental criado por métodos mágicos faz turismo pelo universo até se resolver.

Sempre que pões a tua vontade numa coisa que não é totalmente clara, por exemplo, um mau pensamento a que tu deste força, aquilo começa a girar em torvelinho e se continuas a dar força, o torvelinho aumenta e a partir de um certo grau de poder giratório aquilo ganha esfericidade e vai em busca da vítima.

Os seres humanos “normais” produzem elementais negativos às centenas por dia, desde os mais inofensivos: de tu resmungares com o homem da bomba de gasolina, até aos mais perigosos que é tu manteres um rancor estruturado, geométrico, energizado, durante anos.

Ser comum é libertar “coisas” inconscientemente, os seres vivem em roldão, as forças puxam para a esquerda e eles vão, depende da maré, e este ser como é um micro criador, constantemente liberta forças de si. A atmosfera urbana está saturada de elementais, de esferas de energias com intenção. Quando um ser amadurece espiritualmente, começa a perceber que não nasceu para a felicidade, mas para a alegria que é o toque da alma.

Fica lúcido, tu já não és um ser em carência, vamos parar com o drama do “pobrezinho de mim”, ou de “eu tenho um problema, eu sou um problema”, vamos sair do nível psicológico, senão nunca mais te encontras com a tua tarefa. Enquanto eu me defino como portador de problemas eu estou alienado no que vim aqui fazer. Renuncia ao gozo de estares envolvido em novelos de problemas próprios, renuncia ao plexo solar!

Concentra-te e atua, não te preocupes. Concentração/ação. É pela intensidade do teu amor, pela lucidez da tua consciência, pelo alinhamento da tua vontade que o campo vibratório à tua volta se ritualiza. A invocação mais poderosa de todas é a entrega e o vazio constantes. A entrega como resultado de uma compreensão filosófica, alquímica e oculta de Deus, isto é, o Pai a partir do momento em que tu foste formado como um vigilante, busca a tua entrega para Ele poder descer.

Quem criou o teu problema senão a tua personalidade?
Foi o pequeno ser em baixo achando que sabe.

Enquanto eu tenho um ritual, durante o momento do ritual eu comuto dimensionalmente é para isso que servem os rituais. O ritual é um comutador de dimensões, as comportas da minha consciência superior abrem-se, há uma inibição voluntária das vibrações inferiores (social e psicológica) e eu sofro uma transfiguração momentânea durante o ritual. O grande ser cuja nova energia é a sacralização do campo energético do homem, é aquele a que antigamente se chamava Saint Germain. Este grande ser tem como meta sacralizar os metros em torno do teu ser. Significa que a cidade recua e tu avanças, que os adereços desaparecem.

Estes vigilantes estão a ser aperfeiçoados para o grande abraço, que é dar de si, do divino para o divino do outro.

Neste momento convivem claramente duas dimensões: a 3ª (ou o que resta dela) e a 4ª dimensão e nós vamos observar alternâncias muito intensas de uma para a outra em nós. Significa que na mesma hora podemos ter uma variação emocional e psicológica que antes tínhamos ao longo de um mês ou de uma semana.

A consciência individual está-se a treinar no salto para a identificação com o eu superior. A realidade à tua volta, subitamente, torna-se dolorosa. Se tu reagires com a antiga postura vais sentir dor, conflito, empobrecimento energético. Se eu reagir a partir do nível intuitivo do meu ser (a nova postura), eu permaneço tranquilo e tudo pode acontecer.

Estamos a observar em dezenas e dezenas de casos essas comutações súbitas nas pessoas, em cada situação que surge, se eu reajo com o meu ser exterior, subitamente, há toda uma massa de luz que dentro de mim se destaca e não se identifica com a minha reação, ela permanece esférica cá dentro, e tu vais lá sofrer o que tens a sofrer. Se eu aprendo a reagir a partir dos níveis internos do meu ser, o que quer que aconteça à minha volta é evocado por mim. Em vez da vibração ser alternada e fendida, clarificada, tu alteras os acontecimentos.

Significa que o modelo dual da Terra está a ser desativado, a evolução por conflito está a terminar, e cada vez mais vamos observar evolução por identificação, por reabilitação, por iniciação. Na evolução por conflito, o Universo dá-te um balde cheio de ouro e areia e tu saltas para dentro do balde e vais tentar separar o ouro da areia, e há um constante conflito entre as duas presenças porque para cada grão de ouro, tu agarras cinco grãos de areia, tu estás misturado com o plano onde a dualidade acontece. Tu estás dentro do balde.

Na evolução por identificação, no momento em que te aparece um balde com ouro e areia misturados, tu identificas-te com o ouro, mas não saltas para dentro do balde, não queres separar o ouro da areia. É só um balde com ouro e areia! E tu ficas do lado de fora. E dizes: “Olha, eu identifico-me com o ouro”.

Esta operação de consciência na quietude, na oração, na firmeza, desenvolve magnetismo e, à medida que o teu magnetismo aumenta, os grãos de areia começam a saltar do balde. Trabalha em níveis ocultos e não te impressiones nada com o que acontece fora de ti, porque tu fundes-te com o teu ser interno, a areia começa a sair da tua vida e o ouro permanece.

Tu és o invocador do habitat vibratório em que te encontras. Nós estamos a entrar na década do retorno ao quarto para orar em silêncio, tal como Jesus disse. Estamos na época em que isto tem que retornar.

A porta está aberta é só entrar. Eu tenho que tornar, na minha consciência, este estado de oração um contínuo e não um momento especial, senão estes 5% de irídio de que o nosso cérebro é feito não despertam. É a oração que ativa os metais platinados no cérebro (irídio é um elemento com um potencial de super condutividade altíssimo). O irídio não responde a vibrações abaixo da oração.

À medida que isto vai sendo instalado, a situação à tua volta deixa de ser confusa, mas a coisa precisa de ser conquistada em camadas de realidade muito mais profundas do que na boa vontade. Tem de haver algo de estranho no processo, não no sentido negativo, mas no sentido extraordinário, fora do comum. Este ser precisa passar uma fronteira, senão ele continua no balde a lutar entre grãos de areia e grãos de ouro.

Na evolução por identificação, tu, atraindo o ouro do balde, estás a começar a usar funções desconhecidas dos chacras, funções nos chacras que estão mais para dentro do que as funções normais.

Todos os chacras são um espectro, por isso é que é preciso cuidado quando se fala “ciência dos chacras”, é como chegar ao espectro e cortar só a primeira fatia, só que cada chacra tem muito mais.

Cada chacra conduz àquilo que vai ser conhecido no futuro como “coração radiante”. O chacra cardíaco UM. Todos os 7 chacras são diferenciações de um mesmo chacra, da mesma forma que as 7 cores são diferenciações da mesma luz.

Esse chacra uno é o centro que os avatares exprimem (os avatares não têm 7 chacras, é uma única ampola de vibração, os chacras estão no corpo etérico. O corpo etérico de um avatar não tem nada a ver com o nosso, primeiro porque não tem chacras, tem uma única circunferência de poder, inteligência e amor-síntese).

À medida que descobres as camadas profundas de cada um dos teus centros, vais-te aproximando da vibração una que está por detrás de todas as sete frequências. Existe energia que tu podes classificar: artisticamente, sexualmente, amorosamente, vitalmente, socialmente, são qualificações de energia, e à medida que um indivíduo se vai aprofundando nesse espectro em cada centro, vai notando que a vibração de cada um deles começa a não ser distinta e com o bombardeamento de feixes de radiação vindos de Sírius, de Orion e com o fato de a Terra estar a entrar numa banda de frequência chamada “o cinturão de fótons” – começou a entrar por volta dos anos 80 – isto altera o steam, as camadas eletrônicas e os ângulos de giro dos elétrons em torno dos núcleos, produz combinações moleculares completamente exóticas, não fazem parte da história natural.

O Sol entrou no cinturão de fótons que momentaneamente (ainda não está estudado) altera a ação da gravidade sobre as moléculas. Isto permite combinações completamente desconhecidas, altera a química cerebral, o comportamento celular, o comportamento atômico e subatômico e, sobretudo, diminui profundamente a atividade eletromagnética do Sol e com isto, a potência e o bombardeamento de outras estrelas é muito mais intenso sobre a Terra e a reconfiguração da nossa Mãe é acelerada.

Isto conduz diretamente ao assunto do único chacra.

Neste momento Eles estão fundindo o 1º e o 2º chacras, estão a criar aquilo a que se chama um centro criativo raiz, que deverá preparar a futura forma de reprodução. Este centro vai aprender a reprodução por impacto de radiação e não a reprodução por transporte de um crepúsculo super yang (sêmen) para dentro de uma célula super yin, ou seja, o prana, o espaço etérico entre os seres vai ser fundamental no ato procreativo. Da mesma forma o chacra do coração está-se a fundir com o centro da laringe e o plexo solar, gradualmente.

Quando nós estávamos numa vida de sobrevivência, as diferenciações nas categorias do ser eram muito intensas, neste momento essas diferenciações estão sendo atenuadas e os chacras estão a sofrer um percurso em funil rumo ao único chacra.

A próxima Raça deverá ter uma distância na vibração dos chacras muito menor do que a nossa. Significa que as pessoas poderão sentir amor numa equação matemática.

As antigas definições entre matemática e paixão, geometria e fusão, análise e síntese vão começar a fundir-se para acomodar a vibração do UM.

Raças são aventuras do espírito da multiplicidade para a unidade.
Então, as próximas crianças já trazem tendências que fundem os chacras.

À medida que estes centros se vão fundindo, começam a circular novas energias no teu corpo que suspendem processos químicos muito antigos, certas tendências hormonais, que substituem um tipo de comportamento hormonal por outro. Ex. Duas das glândulas que estão a ser mais estimuladas pelo cinturão de radiação são a pineal e o timo.

Em níveis profundos, o campo da pineal que corresponde à vontade, e o campo do timo que corresponde à inclusividade, estão-se a fundir também. Isto está gradualmente a gerar um novo tipo de criança.

Os star seed são seres que vêm doutras regiões do Universo ajudar a Terra na transição. Entretanto, entre 78 e 82 nasceram grandes quantidades de novas crianças, a partir de 82 o número estabilizou e calcula-se que atualmente, 80% das crianças que nascem trazem essas novas características.

Estas crianças não interagem com a sociedade tal como ela ainda permanece e são justamente estas crianças, que por volta de 2011 irão dar à luz aquilo a que chamaríamos os bebes diamante. As crianças diamante são conscientes no plano da mônada.

Os star seed vieram abrir o caminho para as crianças índigo que têm uma cintura azul escuro fortíssimo em torno da aura, e as crianças índigo serão os pais das crianças diamante por volta de 2010.

As crianças diamante são todas equivalentes a seres ressurrectos, isto é, seres que não atravessam o vazio do ato de desencarnar.

Depois de desencarnar o indivíduo entra na região a que se chama Bardo (do Budismo). Essa região contém um tipo de vibração que não alimenta a base da memória. Significa que há uma completa dissipação de memória das vidas anteriores. O que quer que fique das vidas anteriores é retido nos planos akashicos, no mar de cristal, e quando um ser volta a encarnar, os átomos semente não contêm memória, mas a síntese vibratória. Síntese vibratória é o resultado qualitativo, memória é a crônica do que aconteceu numa vida anterior.

Ao atravessar o Bardo perde-se completamente a memória da vida anterior. Estas crianças diamante, todas elas não atravessam o Bardo. Significa que, se elas tiveram vidas na Terra lembram-se de todas, se vêm de outros planetas lembram-se de tudo, se trazem determinada tarefa, aos 5, 6 anos falam abertamente nessa tarefa.

O adormecimento do espírito produzido pelo cérebro físico não atua sobre estes seres. Têm curvas de envelhecimento muitíssimo longas. Não se sabe quantos anos vão viver. A oxidação celular é muito baixa e quanto às hélices de ADN é muito provável que elas já tenham as 12 hélices de ADN que neste momento estamos a aprender a reconstituir.

No momento em que o ser está em oração, está a aprender a reconstituir a 3ª hélice de ADN. Quando te unes ao Pai, estás a enviar uma ondulação que facilita a reconstituição da 3ª hélice de AND, assim sucessivamente até à reconstituição das 12 que era o código genético adâmico original, o código genético dos Adões e Evas era de 12 hélices de ADN. Claro que não era um Adão e uma Eva, mas essa raça cósmica que veio acelerar a evolução da Terra.

Nós temos 2 hélices de ADN e à medida que aprendemos a orar de uma nova forma estamos a reconstituir a 3ª hélice.

As crianças índigo (80% atualmente) trazem uma nova forma de oração. Na antiga forma eu pedia que algo acontecesse, visualizava um acontecimento, dava um prazo e em muitos casos combinava um preço. Temos um santuário no centro do país todo dedicado à velha forma de oração. Tudo bem!

Na nova forma de oração tu visualizas-te completamente no amor, na paz. Tu pedes ao Pai o advento da plenitude em ti. Tu concentras-te no estado em que queres estar e não no instrumento através do qual sentes que vais chegar a esse estado.

Tudo o que os seres humanos buscam é plenitude, equilíbrio, harmonia. Na antiga forma de oração, as pessoas ficavam do lado de cá da desarmonia e iam dizendo ao Pai o que é que achavam que era necessário para ficarem completamente em harmonia.

Na nova forma de oração eu antecipo-me e ofereço-me para ficar em harmonia e não conta como é que eu vou ficar em harmonia. Então, eu peço paz, equilíbrio e visualizo-me (isto é essencial) nesse estado. Tu oras ao Pai como se Ele já tivesse respondido à oração. E há uma oração de gratidão, de alegrai e de união com essa paz central.

Acontece que a tua consciência, com essa nova forma de oração sofreu uma mutação, não está mais no: “eu quero receber”, mas, “eu recebi” e, de repente, os contadores cósmicos dizem: “espera aí, há aqui um erro, aquele ali está no estado de quem já recebeu, mas segundo as nossas contas, nós ainda não lhe demos, estamos atrasados”, então, os anjos vêm a correr…

Eu crio uma consciência de quem já se firmou no ter recebido. Eu estabilizo-me, abro-me e agradeço uma coisa que, segundo a antiga estruturação quântica, ainda não recebi e peço paz e harmonia. A oração consiste em ter uma fé tão poderosa nas energias superiores que tu verdadeiramente emites uma onda de quem já recebeu e a tua consciência, em termos quânticos, não está mais em fase com o antigo varrimento. Conclusão: O Universo tem de se atualizar. Tu vais da solução para o problema. Nós temos que assumir a nossa parte de divindade.

No antigo diálogo eu era todo humano e a meta era o todo divino. Nesta nova forma de oração tu necessitas de assumir uma parte da luz interior, então, o divino que dá e o divino que recebe são um só, e assim, o campo vibratório à tua volta altera-se, e a realidade, as forças, os elementais e o carma, inclusive, têm que seguir esse conduto que tu crias-te na fé.

Na fé porque é necessário um grau de loucura e de fé para conseguir entrar nisto, tens que estar à frente do teu tempo. Precisas de orar da 4ª dimensão, onde o templo não é importante, para dentro da 3ª dimensão onde o tempo conta, e se tu oras já na 4ª dimensão, as leis da 3ª dimensão começam a alterar-se.

Não é possível pedir coisas, porque ao criares objetivações, tu cais todo dentro da 3ª dimensão outra vez. É necessário que o ser comece por pedir estados, não coisas, é para pedir um estado total, uno, pleno, sem hiatos e uma vez isto conseguido, começam a aparecer coisas.

Então, estas novas crianças trazem uma escola dentro delas que as ensina a orar de cima para baixo, duma dimensão una para uma dimensão fragmentada e trazem uma certeza profunda do nosso patrimônio espiritual e da nossa identidade cósmica, daí para baixo.

Devemos ter consciência que, como vigilante tu és a ombreira da porta de muitos seres. Implica um alinhamento, uma responsabilidade e um trabalho que é como um cirurgião em que um corte 3cm a mais é fatal. Ao mesmo tempo em que deixamos esta responsabilidade entrar, é importante que estejamos todos semideuses e a rirmo-nos disto tudo em simultâneo, porque é preciso montar e desmontar, montar e desmontar, porque se só ficamos a montar essas coisas, podemos ficar a um passo da omnipotência e aí é perigoso.

Então, eu preciso trabalhar isto de forma que o meu veículo vá ficando plástico à luz, sem rigidez, lúcido, mas ao mesmo tempo flexível. Assim, tu estás a trabalhar para dois grandes grupos: as crianças índigo e as crianças diamante. Chama-se diamante porque a zona que equivale, simbolicamente, ao diamante, a pineal, é muitíssimo forte nesses bebes. Vão ter poderes de cura fortíssimos, sufocam na aura opressiva das grandes cidades, eles não conseguem viver aí ou então invertem - o que é particularmente grave - e tornam-se extremamente negativos.

As ilhas de luz são habitats onde as qualidades das crianças índigo e diamante se pode exprimir. Nós estamos facilitando o advento de uma nova Raça. Muitos destes sintomas vão ser vividos em nós. Isto é a preparação para a 6ª Raça. Nós estamos na 5ª Raça e estamos a passar da 5ª Sub Raça da 5ª Raça para a 6ª Sub Raça da 5ª Raça que contém o gérmen ligado ao Manu que contém a ressonância que conduz à 6ª Raça.

É necessário abrir o campo vibratório para uma paixão serena pelas novas crianças, pelas ilhas de luz e pelo grande abraço que os vigilantes estão a aprender a dar.

Aquilo a que se chama, exotericamente, a cruz mutável, que é onde a humanidade comum está crucificada, caracteriza-se por uma tendência para ter. Os discípulos saíram da cruz mutável e entraram na cruz fixa.

A cruz mutável corresponde ao cristo oculto, ele está lá, mas não se exprime cá fora. Isto é o estado da humanidade inteira. Nós estamos a aprender a sair da cruz mutável – fogo fricativo, 3º Raio – e chegar à energia de 2º Raio. Estamos a transferir força do plexo solar – ter – para o 2º Raio – coração, amor.

Esta cruz fixa é a cruz do cristo crucificado, corresponde ao momento em que o indivíduo de mil e uma influências encontra a única que o move. A força motriz do Homem é a paixão, que é o que nos faz passar da cruz mutável (cruz suástica) para a cruz fixa (dos discípulos) e o que nos faz passar da cruz fixa para a cruz cardinal (dos iniciados) é outra vez a paixão. Paixão é a fusão entre consciência e ação (Eros do grego). A cruz fixa é o perfeito equilíbrio entre o vertical e o horizontal.

O homem comum está a aprender a sair da suástica e a sonhar com a cruz fixa.

O vigilante está a aprender a estabilizar-se na cruz fixa e a começar a vislumbrar a cruz cardinal, mas a transição faz-se sempre por paixão.

Por André Louro de Almeida
Texto enviado por Sonia Brilha

11 de outubro de 2012

O Livro dos Mortos Tibetano




O Bardo Thödol é uma obra que fala da concepção budista-tibetana sobre o post mortem. Foi escrito no século VII, compilado por mestres budistas. Seu conteúdo, porém, muito mais antigo, reúne crenças tibetanas sobre o que acontece depois da morte do corpo físico humano.

Também chamado de O Livro dos Mortos Tibetano, a expressão "Bardo Thödol" é mais apropriadamente traduzida como "A Libertação Pel...
o Entendimento na Vida após a Morte". "Bardo" é uma palavra composta: BAR significa "Entre" ― DO, significa "Dois".

Lama Samdup (1868-1923), que traduziu o texto para o inglês, definiu "Bardo" como "estado incerto", referindo-se à situação intermediária da Mônada ou espírito humano entre a vida biológica, orgânica, que chegou ao fim e o período que transcorre até o próximo renascimento. Os tibetanos e budistas são, portanto, reencarnacionistas, ou seja, acreditam na reencarnação.

A "Libertação" mencionada no Bardo Thödol relaciona-se ao fim do ciclo de reencarnações produzidas pelo carma, pelos sentimentos de culpa, pelo apego à vida. É a libertação da "roda samsárica" [ou sangsárica]que obriga o espírito a renascer em uma das seis categorias de mundos inferiores, a saber:

1. mundo dos Devas (anjos na visão cristã);
2. mundo dos Asuras (semideuses e heróis, apaixonados, sujeitos a paixões);
3. mundo dos Humanos;
4. mundo dos Brutos, seres inanimados e/ou imobilizados;
5. mundo dos Pretas ou dos infelizes;
6. mundo Rakshasas, dominados pelo ódio.

O Bardo Thödol é um livro de instruções que objetiva fornecer as informações necessárias para que o espírito obtenha a Libertação alcançando o "estado de Buda", de Iluminado, habitando "Terras Búdicas", livre da reencarnação inevitável porém ainda capaz de voltar a viver em um dos cinco mundos de seres animados (a exceção é o mundo dos Brutos), por vontade própria, se desejar auxiliar os encarnados em seu processo de evolução.

De certa forma, o Bardo Thödol é a ciência de que permite ao espírito transcender a lei do carma pelo entendimento do fenômeno da vida em sua TOTALIDADE CONTÍNUA. Um entendimento que permite superar a forte cadeia que prende o SER humano [em todas as suas manifestações] a uma existência de sofrimento: a cadeia formada pelo binômio DESEJO-CULPA.

Os Sintomas da Morte

Diz a sabedoria popular que "a única certeza da vida é a morte". Com efeito, todo ser humano, às vezes na mais tenra idade, fica sabendo sabendo que, inevitavelmente, em um momento qualquer do futuro "a hora chega", a morte virá. Tal como existem várias formas de viver, também existem várias formas de morrer.

A morte "natural", conseqüência de doenças que provocam a falência funcional do corpo físico e as mortes "provocadas", por assassinato, suicídio ou acidentes. Em qualquer desses casos morrer pode ser um acontecimento súbito (rápido, de um instante para outro) ou lento. A morte lenta envolve a experiência da agonia, processo gradual durante o qual o princípio vital (Jiva) vai, aos poucos, abandonando o organismo.

O conhecimento do Bardo Thödol é aplicável a qualquer caso porém, no caso de morte lenta, cuja agonia pode durar horas ou dias, o livro fornece instruções que permitem ao moribundo e/ou aos circundantes reconhecer os sintomas de que se aproxima o momento do último suspiro:

São estas, em geral, as três primeiras evidências da chegada morte:

1ª) Sensação física de descompressão ("a terra se desfazendo em água");

2ª) Sensação de frio, com a impressão de que o corpo está imerso em água, a qual se transforma gradualmente num calor febril ("a água se desfazendo em ar");

3ª) Sensação de explosão dos átomos do corpo ("o fogo se desfazendo em ar").

Cada sintoma corresponde a determinada alteração do corpo, exterior e visível: ausência de controle dos músculos do rosto; perda de audição; perda da visão; respiração espasmódica, antes da perda final da consciência. [SAMDUP, 2003 - p 65]

I. A CLARA LUZ PRIMORDIAL
Confrontação & Libertação ― Chikhai Bardo, 1º Estágio

A primeira confrontação [com o post mortem] é a percepção da realidade metafísica ― "o além". O espírito perde o contato orgânico com o mundo terreno: já não ouve nem vê com os órgãos dos sentidos posto que estes não funcionam mais. Entretanto, será capaz de ver, ouvir, sentir frio ou calor através dos "olhos/ouvidos/tecidos" do corpo sutil (corpo do espírito) já em processo de separação ou completamente desligado do corpo físico.

Antes mesmo da consumação da morte a percepção mediada pelos órgãos sensoriais entra em colapso. Embora ainda apresente sinais vitais e respire, o moribundo não mais abriga o espírito em íntima comunhão; está debilmente ligado àquele corpo por uma conexão tênue, em vias de se romper definitivamente. Esse estado de SER e ESTAR é o começo da continuidade da existência na condição de BARDO ou ESTADO DE BARDO.

Estudos científicos contemporâneos de "Experiências de Quase Morte" registram relatos de pessoas dadas como clinicamente mortas mas que voltam à vida e lembram do que aconteceu no período transcorrido entre a "morte" e a "ressurreição". Na maior parte desses relatos, depoentes declaram que atravessaram um túnel escuro em cuja extremidade podiam ver uma claridade, uma luz branca e radiosa. Muitos tiveram medo dessa luz; outros, sentiram-se atraídos por ela.

No Bardo Thödol, essa luz branca é "A Clara Luz Primordial" que, antes de ser uma visão, é uma autopercepção dos espíritos elevados quando abandonam o corpo de matéria densa. Esses espíritos evoluídos são muito raros; não se assustam com a sensação de autodissolução que sobrevém no momento da morte. É o primeiro estágio de transição, da vida corporal, finita, para a vida "eterna" contínua, do espírito. Este estágio, denominado Chikhai Bardo ou Estado Incerto do Momento da Morte, é a primeira oportunidade de se libertar da "roda de samsara" ― do ciclo de reencarnações:

Depois de um período de inconsciência em virtude do choque da perda da consciência biológica, [o espírito] retoma a consciência mental pura e seu Princípio Consciente, ou cognoscente, simplesmente dá-se conta de que houve morte biológica. Completado esse processo, [o espírito] retorna ao seu Estado Primordial, chamado Clara Luz Primordial. Somente se libertam da roda das vidas e reintegram-se à emanação direta da divindade, na Clara Luz, as pessoas mais elevadas, que atingiram os pontos mais altos do saber espiritual. [Estas, alcançam o estado-situação de Darma-Caia, livres de outros nascimentos e renascimentos sem passar por nenhum outro estágio intermediário - p 63]

Esse estado [Estado Primordial, de Ser-Luz ou Ser-Energia-Pura] é altamente instável para a mente humana, mesmo a mais evoluída, pois a Clara Luz já começa a ser ofuscada pela solicitação do carma, representada pelo ego [personalidade terrena] que não foi totalmente apagado [deixado para trás]... [A Clara Luz é ofuscada]... à menor partícula de egoísmo, à menor sensação de separatividade do ego em relação ao Divino, ao menor apoio que se dê a essa idéia. (SAMDUP, 2003 - p 44/45)

A libertação pela auto-identificação com a Clara Luz é reconhecer a si mesmo como um SER-LUZ ― alcançando Terras Búdicas, Terras Puras, onde habitam os Iluminados. Significa "alcançar o estado primordial do incriado", o estado de Buda, além do sofrimento, transcendendo ou superando condicionamentos advindos da ignorância, da sensualidade, da percepção dos fenômenos transitórios (Maia, ilusões), da forma, do espaço, do tempo. Este é um ESTADO DE SER isento de todo carma. A Clara Luz primordial ocorre [aparece], normalmente, antes do "último suspiro", antes do conjunto espírito e princípio vital ter se desligado completamente do corpo físico. O primeiro estágio do Chikhai Bardo dura cerca de 20 minutos.

II. Chikhai Bardo ― 2º Estágio
A Clara Luz Secundária & O Senhor da Compaixão

O reconhecimento da Clara Luz Primordial conduz à Libertação imediata, ocorrência rara entre a maioria dos terráqueos contemporâneos. O mais comum é a experiência dos estágios subseqüentes: "...o defunto verá brilhar a Clara Luz Secundária ...surge então um estado de espírito lúcido" [p 67].

No post mortem as mudanças de estado [de consciência] se sucedem acompanhados da percepção de sons e imagens que chegam a ser aterradores; o turbilhão de visões dura "até que o carma nesta condição se esgote" ou o espírito consiga se manter tranqüilo diante do vê e ouve. O segundo estágio do Chikhai Bardo pode durar muitos dias terrenos.

Neste segundo estágio do Chikhai Bardo, tão logo o princípio consciente abandona o corpo "ele se pergunta: ― "Estarei morto ou não?" ― Enquanto isso, entre "os vivos" o rito funerário tibetano continua [os católicos cristãos tem seus próprios ritos o padre que encomenda a alma a Deus, as missas, de sétimo dia, de mês, etc.], auxiliando o morto na transição: "... o lama ou leitor [oficiante, sacerdote, irmão de fé etc.] faz uma prece para a Divindade Tutelar do morto. Essa Divindade é "deus", santo, anjo, orixá etc., dependendo da formação religiosa e cultural do defunto.

Se o oficiante ou mesmo o morto nada sabem de divindades tutelares [Buda, Nossa Senhora, Jesus, Krishna, Rama, Alá, Jeová, ancestrais etc..] o pensamento deve se concentrar na idéia de um "Senhor da Compaixão". É curioso que os tibetanos usem esta expressão em um texto tão anterior a Jesus e Buda porque a idéia de um Senhor da Compaixão se ajusta muito bem às figuras e doutrinas de ambos. O oficiante orienta o espírito, agora já desencarnado, com a seguinte idéia:

Medita, ó nobre filho sobre tua Divindade Protetora [DIZER O NOME DA DIVINDADE]. Não disperse teus pensamentos. Concentra teu espírito sobre teu Deus tutelar. Medita sobre Ele como se fosse o reflexo da lua sobre a água, visível, mas em si mesmo inexistente. Medita sobre ele como se tivesse um corpo físico.

"Medita sobre o Grande Senhor da Compaixão". Durante este segundo estágio o CORPO permanece no estado de "corpo de ilusão brilhante" [p 68]. Se a meditação sobre a divindade tutelar funcionar, poderá libertar o mais miserável dos homens porque qualquer carma é "dissipado" ― cancelado, anulado ― pela consciência, identificação e completa entrega, não-resistência do self [do si mesmo] diante da Clara Luz Secundária.

III. CHÖNID BARDO: A EXPERIÊNCIA DA REALIDADE

Se a Clara Luz Secundária não foi reconhecida, se o Espírito, com medo, rejeitou essa Luz ou fugiu dessa Luz, começa o terceiro estágio do Bardo. Neste estágio, a "realidade experimentada" é, na verdade, uma seqüência de ilusões cármicas, tormentos para o morto que lhes dá atenção, produzindo desequilíbrio, impedindo o SER de alcançar a perfeita iluminação [ou estado de Buda].

A essa altura, o defunto percebe que parte de sua refeição é descartada [contexto tibetano], suas vestimentas são despojadas de seu corpo... Consegue ouvir o pranto e a lamentação de seus afetos e familiares, podendo, sobretudo, vê-los e escutar o chamado deles, mas acaba se retirando, descontente, pois os vivos [não respondem; o bardo não consegue se comunicar com eles]... Nessa hora, sons, luzes e raios se manifestam, levando o morto ao receio, medo e terror e causando-lhe fadiga. [Entre os vivos, o oficiante continua seu trabalho de auxiliar o espírito recém desencarnado explicando]:

Ó nobre filho, ouve atentamente sem distrair-se. Existem seis estados de Bardo, que são: O estado natural do Bardo durante a concepção; o Bardo do estado onírico; o Bardo do equilíbrio extático, na profunda meditação; o Bardo do momento da morte; o Bardo da experiência da Realidade; o Bardo do processo inverso da existência sangsárica... Ó nobre filho, o que se denomina como "morte" é chegado... Não te apegues mais a esta vida por fraqueza ou sentimentalismo... Não sejas fraco, não te apegues... Lembra-te da preciosa Trindade ... [p 71/72]

Aqui, mais uma vez, aparece a semelhança de doutrina religiosa entre o cristianismo católico e o budismo, com essa referência à natureza simultaneamente una e trina da "divindade", do criador original de todas as coisas. Durante o Chönid Bardo os sons e as luzes percebidos bem como as figuras de Budas e seus séqüitos que o livro descreve são ilusões nascidas das preocupações e temores do Espírito. Estas ilusões são chamadas formas-pensamento.

Ao longo da vida todas as pessoas produzem tais formas pensamento. São idéias fixas, pensamentos recorrentes (que se repetem muito) sobre medos e anseios [e também sobre afetos e coisas boas-agradáveis, formas-pensamento positivas]. Dizem os ocultistas que os homens vivem cercados destas entidades que habitam o plano mental, imperceptíveis durante a vigília normal, às vezes, perceptíveis no estado de sono (estado onírico do Bardo).

No Chönid Bardo, o espírito, que agora existe somente no plano mental de realidade (SER MENTAL) vê perfeitamente estas entidades sem perceber que elas nascem de seus próprios pensamentos, apegos, emoções. [O homem encarnado comum também pode ser assombrado por suas próprias formas-pensamento sem jamais perceber que ele mesmo cria estes fantasmas ― meditemos...] Sente medo, entra em pânico porque as formas refletem o terror, o amor angustiado e/ou possessivo, a autopiedade, o ódio, a culpa, etc..

O morto, preocupado com as "coisas dos vivos" faz com que os pensamentos se materializem personificando as emoções. O próprio corpo do Bardo, na verdade, é um corpo-pensamento. Se o medo e/ou toda e qualquer forma de inquietação prevalecem começa, então, a jornada pelo sangsara que dura cerca de 14 dias terrenos. São 14 de chances de reconhecer a Clara Luz e escapar do ciclo cármico.

Os tibetanos representam essas formas-pensamento em figuras de divindades Pacíficas e divindades Irritadas que, conforme a cultura tibetana (e também hindu, anteriores ao budismo de Sakyamuni) são Budas acompanhados de seus séqüitos. Os Budas representam diferentes pensamentos, que se traduzem em DESAPEGO, e sua simbologia inclui também a identificação com determinadas cores e elementos da natureza (água, fogo, terra, ar, éter).

Enquanto as cores e elementos são valores de significação universal, os Budas são expressões da cultura oriental hindu-tibetana, o que significa que as visões mudam em função da cultura humana vivenciada pelo Bardo [Espírito]. Por isso, um ocidental verá Jesus, um muçulmano, anjos de Alá, um xintoísta japonês verá seus ancestrais, um outro alguém verá seu pai e mãe, seu santo padroeiro, seu orixá e assim por diante, entre as divindades pacíficas. As divindades irritadas tibetanas são as mesmas pacíficas revestidas de aspectos amedrontadores, como crânios humanos cheios de sangue, seres portando adagas, legiões que gritam "mata, mata"... No Ocidente, os pensamentos negativos, os medos, as culpas, surgem como demônios, monstros, abismos etc..; e isso, é o inferno [lato sensu]!

Tais experiências, ora sedutoras, ora aterradoras, que acontecem durante o Chönid Bardo, são todas marcadas por luzes de cores diferentes. Conhecer bem o significado deste código luminoso e cromático é fundamental para que se tenha uma chance de alcançar a libertação ou, ao menos, um renascimento em circunstâncias mais favoráveis.

Nas alegorias do Bardo Thödol, a personagem central das visões são Budas cercados de seres fantásticos que deixam entrever muito bem, para um tibetano, o modo como o post mortem é determinado pelas idéias e estado de espírito que uma pessoa cultiva durante a vida terrena. Na tabela abaixo estão relacionados estes Budas e suas respectivas correlações:

BUDAS
CORES/LUZES
AGREGADO MENTAL
ESSÊNCIA
SERES

Samanta Badrá
branca azulada
matéria sutil primordial
desapego
BUDAS

Bagavã Vairochana
branca
afetos
medo
DEVAS

Bagavã Acsóbia
verde
orgulho/posse
ciúme/inveja
ASURAS

Bagavã Ratna Sambava
amarelo
PERSONALIDADE
EGOÍSMO
HOMENS

Buda Amitaba
(Sakyamuni 560-480 a.C.)
vermelho
autopiedade/culpa
tristeza
PRETAS

Bagavã Amoga Sidi
cinza
desafetos
ódio/cólera
RAKSASHAS

Buda do Mundo dos Brutos
azul
matéria bruta/densa
apego
PLANTAS/MINERAIS

Durante todo o Bardo o Espírito é CONFRONTADO com os Budas Luminosos. O Livro insiste muito nesse termo: CONFRONTAÇÃO. Significa que O SER ver-se-á diante de situações de escolha. Deverá escolher entre modos de EXISTÊNCIA que são indicados por luzes de diferentes cores. São sete opções mas somente um destes modos de SER é isento ― livre ― de carma e, por conseguinte, livre de SOFRIMENTO. É o estado de Buda, Iluminado. Somente alcançam a condição de Buda os espíritos que conseguem SER completamente livres de qualquer APEGO. Note-se que o DESAPEGO é o objetivo maior de todo Iniciado budista, está no âmago dos ensinamentos do budismo e é essência da doutrina cristã ["Tomam-lhe o manto? Entrega também a túnica... vende todos os teus bens e segue-me, etc."]

As Confrontações

Nos sete primeiros dias do Chönid Bardo o Espírito é confrontado com entidades chamadas Pacíficas. Sete luzes muito radiantes, fortes, aparecem, uma a cada "dia" do Bardo ― radiações da Sabedoria; elas "brilham para o Bardo". São as luzes da "terras búdicas".

Cada uma das sete luzes fortes é acompanhada por uma semelhante, porém, mais suave. [Eis a "emboscada"] As luzes radiantes produzem um forte impacto na percepção gerando sentimentos de desconforto e medo. As luzes suaves são reconfortantes. O Espírito do humano sentirá o desejo de se entregar às luzes suaves, que são as luzes dos SEIS LOKAS (mundos) INFERIORES, ou seja, mundos onde o modo de SER implica sofrimento.

As luzes radiantes conduzem ao estado de Buda, de Libertação do carma. As luzes fracas são PORTAS para os Lokas inferiores e atraem todos aqueles que não conseguem se DESAPEGAR, psiquicamente, do carma. Embora os mundos inferiores sejam muito diferentes entre si, mesmo o mais elevado destes mundos, o Mundo dos Devas, DEVAKHAN é, ainda, uma prisão. Somente nas terras Búdicas o espírito alcança a liberdade de existir em pleno e verdadeiro desapego. O oficiante, o irmão de fé, dirá ao Espírito:

Saibas, nobre filho [nome do Espírito na Terra - Fulano] que, na medida em que brilham as radiações da Sabedoria, também brilham as luzes da impura ilusão dos seis Lokas. Que são elas? Deves perguntar. Elas são uma suave luz branca dos DEVAS, uma suave luz verde dos ASURAS, uma suave luz AMARELA dos SERES HUMANOS, uma suave luz AZUL dos BRUTOS, uma suave luz AVERMELHADA dos PRETAS, uma suave luz CINZA-ESFUMAÇADA dos INFERNO DOS RAKSASHAS... Deves permanecer no REPOUSO da NÃO FORMAÇÃO DE PENSAMENTO... Não te sintas assustado nem te permitas atrair por nenhuma delas. Caso te deixes assustar pelas radiações da Sabedoria ou se te permitires atrair pelos brilhos impuros dos seis Lokas, deverás tomar um corpo num dos seis Lokas e sofrer as dores dos Sangasaras. [p 85]

Segundo o Bardo Thödol existem seis tipos de seres: cinco animados (vivos) e dois brutos (mudos e imobilizados), os vegetais e os minerais. Todos são considerados formas de ser inferiores porque estão sujeitos ao sofrimento. Todo o ensinamento do livro tem como objetivo preparar os seres humanos para o momento decisivo em que deverão escolher entre dois caminhos: a libertação como Buda ou a escravidão, a prisão, seja como 1. DEVA ― 2. ASURA ― 3. HUMANO ― 4. PRETA ― 5. RAKSASHA ou ― 6. BRUTO. As advertências são insistentes:

1° DIA ― Não te permitas seduzir pela luz suave e branca dos Devas. Não te apegues, não sejas fraco. Se a ela te apegares, andarás sem rumo pelas moradas dos Devas e serás lançado no turbilhão dos seis lokas... Não fites essa luz. Olha somente à luz branca-radiante com fé profunda, concentrando ardentemente seu pensamento em Vairochana [ou Jesus, ou Khirsna, etc..] ... [p 75]

2° DIA ― Vinda do inferno, uma luz cinzenta e esfumaçada surgirá... por força da cólera, ficarás surpreso e amedrontado pela luz [radiante do Buda] e quererás afugentar-te; a suave luz cinzenta do inferno [dos rakshasas] irá atrair-te... Não te sintas enlevado pela luz do inferno, cinzenta e esfumaçada. Este caminho foi aberto pelo mau carma da cólera... Se segues essa atração luminosa, cairás nos mundos infernais, onde terás de suportar uma grande miséria, sem que haja um tempo certo para tu saíres de lá. [p 76]

3º DIA ― Não te permitas seduzir pela suave luz amarela do mundo humano, a qual representa o caminho aberto pelo acúmulo de tuas inclinações e de teu agressivo egoísmo. Se fores atraído, renascerás no mundo humano, tendo de sofrer o nascimento, a senilidade, a doença e a morte. [p 77]

4º DIA ― Não te deixes seduzir... pela luz suave e avermelhada vinda de Preta-Loka... Livra-te do apego e da fraqueza. Neste momento, pela forço intensa gerada pelo apego às coisas do mundo, a luz avermelhada BRILHANTE irá terrificá-lo e deverás desviar-se dela, pois será forte a tração da suave luminosidade avermelhada do Preta-Loka... Esta luz é formada pela soma de teus sentimentos de apego ao Sangsara que se manifesta em ti. Permanecendo apegado, cairás num mundo de espíritos infelizes e sofrerás uma fome e uma sede intoleráveis. [p 79]

5º DIA ― Não se permita atrair pela luz suave verde-escuro do Asura-Loka. Este é o carma adquirido pelo ciúme intenso... Se te permitires atrair por ela, irás afundar no Asura-Loka, onde terás de suportar a intolerável miséria das querelas e dos estados de guerra. [p 81]

6° DIA ― ...Na medida em que brilham as radiações da Sabedoria, também brilham as luzes impuras dos seis Lokas ... [No sexto dia, brilham juntas]. [p 85]

7º DIA ― Uma delicada luz azul, vinda do mundo dos brutos aparecerá... Não te deixes atrair pelo suave brilho azul do mundo bruto; sejas forte. Se fores atraído cairás no mundo bruto, dominado pela estupidez, e sofrerás as misérias sem limites da escravidão, da mudez e da imbecilidade. Passará muito tempo nessa condição... [p 90]

Divindades Irritadas

Depois das visões das divindades pacíficas, se o Espírito não reconheceu as luzes, os seres, os sons e outras percepções como projeções de seus próprios pensamentos e emoções, isso significa que a ignorância e o medo estão dominando o Bardo que, aterrorizado e muito confuso vai experimentar a "aurora das divindades irritadas". As Divindade Irritadas são as mesmas Pacíficas revestidas de atributos tão horrendos e macabros quanto a enormidade do medo sentido pelo Espírito. As visões desta fase podem durar por mais sete dias terrenos. Para a cultura tibetana, neste período podem surgir até 58 divindades que são chamadas "bebedoras de sangue".

Imediatamente após terem cessado as aparições das Divindades Pacíficas [que eram sete emboscadas]... surgirão outras 58 divindades rodeadas de chamas, irritadas e bebedoras de sangue. Na realidade são Divindades Pacíficas com novo aspecto... Trata-se do Bardo das Divindades Irritadas, cujo reconhecimento é mais difícil por serem influenciadas por sentimentos de medo, de terror e de receio... Fugindo por medo, terror... as pessoas ordinárias caem pelos precipícios, nos mundos infelizes e sofrem. [p 91]

A experiência da realidade com as Divindades Irritadas é um filme de terror. Para os tibetanos esse é o inferno possível no post mortem [situação infernal ou Inferno podem ocorrer em vida terrena também]. Nesta fase o espírito está sujeito a sofrimentos indescritíveis [proporcionais a seus medos, culpas e agonias]. No entanto, por mais reais que os piores acontecimentos possam parecer, são todos ilusórios; não haverá nenhum dano real à estrutura física [ou melhor dizendo, metafísica] do "corpo radiante".

A "aurora" das divindades irritadas assemelha-se a um longo pesadelo durante o qual pode-se ter a nítida impressão de morte e aniquilamento [possivelmente trata-se de uma "segunda morte", a morte dos apegos às coisas da vida passada]. Isso ocorre nos dois últimos "dias" dos 14 dias de duração média do Chönid Bardo.

Não reconhecendo o defunto as próprias formas-pensamento, as formas do Darma-Raja, o Senhor da Morte, brilharão sobre o Chönid Bardo [em ponto e direção acima do "ser de percepção". Note-se que o Senhor da Morte tem múltiplos corpos]... Morderão o lábio inferior, os olhos vítreos... gritando: "bate, mata"!, lambendo um crânio humano, bebendo sangue, arrancando corações.

Quando tais pensamentos se manifestarem, não te assustes nem aterrorizes... Sendo que possuis um corpo mental de tendências cármicas, mesmo golpeado, cortado em pedaços, não poderás morrer. Pois teu corpo é, na Realidade, da natureza do vazio. Nada tens a temer. Os corpos do Senhor da Morte são também emanações, radiações de tua [dele mesmo, Espírito] inteligência; não são constituídos de matéria [densa, pesada, terrena]; o vazio não pode ferir o vazio... Sabendo disso, todo medo e terror dissipam-se sozinhos e, fundindo-se no estado instantâneo [não formação de pensamento], obtém-se o estado de Buda. [p 101]

O Livro Tibetano dos Mortos adverte, com insistência, que mesmo nas circunstâncias mais sangrentas, o Espírito deve lembrar-se que os horrores vivenciados, apresentados à sua percepção, são ilusões geradas por ele mesmo, pelo seu SER VERDADEIRO, que é feito de energia mental. No 14º dia do Chönid Bardo, não tendo se tranqüilizado e não reconhecendo suas próprias formas pensamento, o Espírito verá O Senhor da Morte Darma-Raja, com seus inumeráveis corpos.

Em todas as fases do Chönid Bardo existe a possibilidade de Libertação. Para isso basta que o Espírito RECONHEÇA as visões como suas próprias projeções mentais e com isso possa dissipar o pânico estabelecendo um estado de calma impassível. Essa indiferença diante do agradável e do desagradável, igualmente, é a mais importante conquista, e "lição número 1", tanto dos Iniciados iogues e budistas quanto dos ocultistas ocidentais.

O auto-controle e a tranqüilidade são a chave da Libertação; estes atributos somente podem ser alcançados se a pessoa tem consciência do caráter ilusório das percepções, dos sons, das visões: "Lembrar-se disso neste momento é obter o estado de Buda" [p 100]. Lembrar-se dos ensinamentos do Bardo, então, será o suficiente para que o Espírito escape ao condicionamento do carma. É necessário, portanto, o mínimo de instrução religiosa para "morrer bem".

O poder da fé é enfatizado no texto e a interferência de um Ser supremo e realmente divino pode ser o bastante para libertar o Espírito. Semelhante à doutrina cristã, a doutrina do Bardo afirma a onipotência de uma "divindade tutelar", chamada de "preciosa Trindade", Senhor da Compaixão e, ainda, "o Compadecido", remetendo o leitor ocidental, mais uma vez, à figura de Jesus Cristo, como pessoa da Santíssima Trindade que é o Deus Criador, posto que é Um e Três na coexistência mística, na ontologia complexa do SER Pai, Filho e Espírito Santo.

Ai de mim! Eis-me errando no Bardo [neste estado intermediário],
vem me salvar. Sustenta-me por tua graça, ó Tutelar Precioso
[Chamando teu guru pelo nome, reza assim:]
...Que eu possa ser transformado no som das Seis Sílabas...
[Om-ma-ni-Pad-me-Hum]
Neste momento... Rogo proteção ao Compadecido [p 102]

Om-ma-ni-Pad-me-Hum ― é chamado "mantra essência" ou mantra de Chenrazi, o Compadecido, divindade protetora do Tibete que, ali, tem o nome de Chenrazi [para o ocidental, é Jesus ou a Virgem Maria ou simplesmente Deus, assim como para os krisnaista é Krishna e para muitos budistas é o Buda Amitaba ou Sakiamuni. Segundo o Todol, o simples entoar mantra de Chenrazi, seja encarnado ou desencranado, extingue o ciclo de renascimentos e permite alcançar o Nirvana [estado de Buda]. Cada sílaba fecha uma porta que conduziria o Espírito a mundos inferiores.

OM: fecha a porta dos renascimentos entre os deuses, Devas
MA: impede nascer entre Asuras [semi-deuses e "heróis]
NI: fecha a porta do renascimento no mundo Humano
PAD (pê): bloqueia a entrada no mundo das criaturas sub-humanas [animais, vegetais, minerais]
ME: afasta o mundo dos Infelizes,chamados Pretas
HUM (hung): protege de um nascimento no Inferno, entre os Rakshasas.

Quaisquer que sejam as praticas religiosas ou, ainda, o ateísmo dotado por um Ser, as ilusões perturbadoras sempre aparecem na hora da morte. Por isso, o Thödol é tido como indispensável: "É de particular importância o treinamento com este Bardo [doutrina], o que deve ser feito inclusive durante a vida." [p 103]

Os tibetanos não têm medo de se preparar para o momento da morte. Não é um assunto deixado para um "depois-nunca", como acontece no ocidente onde falar da morte é um comportamento inconveniente. O Espírito que estuda os fenômenos da agonia e do post mortem está mais apto a enfrentar as experiências tão inquietantes que podem acontecer nos últimos momentos de existência terrena de um ser humano.

Pelo sua natureza de "livro de instrução", praticamente um manual sobre como "morrer bem", o texto do Bardo Thödol é considerado como meio de "Libertação pelo Entendimento". "Mesmo os que cometeram as cinco ofensas capitais serão libertados... basta seguirem este ensinamento.

* As cinco ofensas capitais são: 1. Parricídio ― 2. Matricídio ― 3. Provocar luta e disputa entre duas religiões ― 4. Matar um santo ― 5. Fazer correr o sangue de um Buda. [p 103]

Passados os 14 "dias" do Chönid Bardo, não tendo o Espírito alcançado a impassibilidade, não conseguindo controlar o turbilhão de pensamentos e emoções, entrará em um outro estágio de SER denominado Sidpa Bardo no qual mergulhará profundamente na vivência do "mundo" após a morte.

IV. Sidpa Bardo

O Chönid Bardo, além de aterrorizante, é uma experiência muito exaustiva. O Espírito que não reconheceu as visões de pesadelo como ilusões da mente, passa, necessariamente por uma seqüência de acontecimentos que minam suas forças e sua consciência. Entretanto, nada perdeu; ao contrário, o sofrimento consome todos os resquícios de matéria mental "impura", terrena, esgotando a capacidade de sentir culpas, medo e/ou desejos.

Cansado, o Espírito sofre um desfalecimento: "desfaleces no medo". Quando recobra a consciência, o Ser Cognoscente (Ser conhecedor) percebe a si mesmo como um "corpo radioso". É o começo da jornada no Sidpa Bardo, situação que ainda possibilita algumas chances de Libertação do Carma. Se estas oportunidades também forem perdidas, as portas do Sangsara se abrem.

O Espírito deverá buscar a melhor opção de reencarnação em um dos seis Lokas ou Mundos Inferiores. Neste ponto do post mortem o conhecimento do Thödol é fundamental para se saiba quando e como "fechar as portas" dos mundos mais infelizes, garantindo uma nova vida em uma das duas situações mais positivas: o mundo dos Devas e o Mundo Humano. O texto do Livro dos Mortos esclarece em minúcias as situações metafísicas que o espírito vai experimentar no Sidpa Bardo:

No momento em que experimentavas as radiações... no Chönid Bardo... desfalecestes no medo por um período de aproximadamente três dias e meio após tua morte [vê-se aqui que o Tempo em Bardo, estado intermediário, não tem correspondência com dias terrenos]... No instante em que retornas desse desfalecimento, o Cognoscente ergue-se em ti, em sua condição primordial, e um corpo radioso, assemelhando-se a teu corpo precedente [da última vida terrena], projeta-se... É conhecido como corpo do desejo...

Não sigas as visões que te aparecem neste instante... Permita que seu [SER] repouse sem distrações na não-ação e no desprendimento... Agindo assim conseguirás a Libertação sem teres de passar novamente pelas portas matrizes... Se não reconheceres a ti mesmo, então, quaisquer que sejam sua Divindade Tutelar e seu Guru, concentra sobre eles [teu pensar]... Não te deixes distrair porque este momento é de grande importância...

Este teu corpo atual... não é um corpo de matéria grosseira... Tens o poder de passar através das massas rochosas... Essa condição deve servir para ti como uma indicação de que erras pelo Sidpa Bardo. Lembra-te dos ensinamentos de teu Guru e ora ao Senhor da Compaixão.

[Atualmente]... possuis o poder de ação milagrosa que não é fruto do Samadi, é algo que vem naturalmente de ti, um poder de natureza cármica... Podes chegar instantaneamente ao lugar que quiseres... Não deves desejar estes poderes, são poderes diversos de ilusão e metamorfoses... Nunca os desejes! [p 109-111]

O Espírito terá a clarividência do mundo que deixou para trás; verá lugares conhecidos, familiares, tudo em um estado de consciência semelhante ao sonho. A realidade percebida no Sidpa Bardo será mais ou menos feliz ou infeliz dependendo de como, a essa altura, o indivíduo reage ao saber que está morto para a "vida" da PERSONALIDADE passada. Os inconformados, angustiados, tristes, tomados de culpa, saudade ou medo, estes passarão enormes sofrimentos.

O desapego das "coisas do mundo", tão enfatizado na doutrina e prática do budismo bem como na teologia cristã, é o único caminho caminho para um post mortem feliz. O Espírito, ao constatar sua "morte para o mundo", simplesmente aceita o fato e, compreendendo a verdadeira dimensão da própria existência [CONTÍNUA] não lamenta nada, não pensa em perdas, não fica preso a nenhum tipo de recordação. O Bardo Thödol descreve a situação do "defunto inconformado": ele é a alma penada, o espírito errante, o fantasma dos cemitérios.

[Em corpo de desejo o Espírito]... verá os lugares que lhe eram conhecidos na terra bem como seus familiares, como em sonho. Fala-lhes, mas eles não te respondem, Ao vê-los chorar... pensas: "Morri, que farei?" ...Sentirás profunda dor... Contudo esse sofrimento de nada te adiantará. Reza para teu Guru divino. Ora à Divindade Tutelar, o Compadecido. Não te farás bem sentir apego por teus parentes e amigos. Assim, não te apegues. Reza ao Senhor da Compaixão e não sentirás dor, terror ou horror...

Sempre haverá uma luz cinzenta de crepúsculo... Permanecerás neste chamado Estado Intermediário por uma, duas, três, quatro... semanas, até o quadragésimo nono dia... Pessoas de péssimo carma produzem carmicamente rakshasas vorazes de carne, portando armas diversas, aos gritos de "Bate! Mata!" ... São aparições ilusórias. A chuva, a noite, neve, rajadas de vento... virão. Terrificado... desejarás fugir... sem prestar atenção para onde vai. O caminho será barrado por três precipícios... o branco, o negro e o vermelho. Não são precipícios verdadeiros. Trata-se, na verdade, da cólera, cobiça e ignorância...

Descansarás um pouco... nas cabeceiras das pontes, nos templos, perto das estupas... Pensarás: "Ai de mim, o que fazer, estou morto?... Não podendo repousar [mais] ... és forçado a seguir adiante... Como alimentação, aquela que te foi aplicada poderá ser tomada... [Os moradores do Bardo vivem das essências etéreas invisíveis extraídas de alimento que lhes oferecido no plano humano ou extraindo energia dos componentes da natureza que os sustentam]... Tais são os errares do corpo-mental no Sidpa Bardo... Oprimido por uma grande dor, terá o pensamento: "O quê eu não daria para ter um corpo!" E pensando assim errarás... Repele este desejo de ter um novo corpo. Vencendo este confronto, obterá a libertação...[p 111-14]

V. O Julgamento

O julgamento é um novo confronto. Desta vez, de natureza mais objetiva, é o momento de evocar os méritos e deméritos do Espírito, de suas ações na vida terrena. Uma figura de juiz, o Senhor da Morte, vai julgar a personalidade passada. Na alegoria, um Gênio Bom e um Gênio Mau ― que acompanham o Espírito em sua existência ― apresentam as virtudes e os vícios, os acertos e erros do Espírito. Não há meio de enganar o Senhor da Morte porque ele "vê" a Verdade no "Espelho da Carma" [p 115]. "A mentira de nada servirá". Os "carrascos-fúrias" estão prontos para aplicar o castigo ― ou seja, o Espírito chegou ao ponto de somente se purificar se sofrer castigos pelo que ele mesmo julga serem suas "culpas".

Um dos carrascos-fúrias do Senhor da Morte amarrará uma corda em volta de teu pescoço e te arrastará. Cortará tua cabeça, arrancará teu coração, extrairá teus intestinos, devorará teu cérebro, beberá teu sangue, comerá tua carne, roerá teus ossos, mas serás incapaz de morrer. [As torturas são da própria consciência... o superego de Freud]; o espelho do carma é a memória... Reviverá mesmo estando teu corpo retalhado em pedaços... Não te deves amedrontar... Não mente e não teme o Senhor da Morte. Lembra que agora tem um corpo mental, incapaz de morrer, mesmo decapitado, mesmo decepado. Teu corpo é da natureza do vazio... Os senhores da Morte são tua própria alucinação. [p 115]

Novamente, o Espírito assediado pelas horrendas visões deste julgamento, poderá se libertar através da impassibilidade. Uma serenidade que pode obtida pelo reconhecimento de todas as coisas como ilusão. Aqueles que, durante a vida praticaram a meditação e aprenderam a instaurar a completa quietude da mente, pela não-formação de pensamentos, estes poderão superar quaisquer alucinações. Os que nunca meditaram também podem alcançar a paz interior se concentrarem seu pensamento no Compadecido [Cristo, Khrisna, Buda].

VI. Os Seis Lokas

O Espírito que não conseguiu a Libertação nas etapas anteriores passará, então, pelas experiências que vão determinar a situação de seu próximo renascimento. Para evitar renascer em mundos inferiores será necessária a instrução na doutrina do Thödol e a máxima atenção para com as percepções seguintes. O Espírito vai se defrontar com diferentes passagens, cada uma conduzindo a um Loka diferente. Apenas dois destes Lokas são recomendados pelo Livro dos Mortos.

A partir desta fase, o Espírito, continua tendo visões do que se passa "entre os vivos", o quê acentua a tendência ao apego e, dependendo daquilo que percebe, fomentam-se sentimentos negativos, como a cólera e a autopiedade, o amor doloroso e a saudade em um processo que resultará em "renascimento no inferno" [mundo dos Rakshasas].

Se o Espírito não consegue superar seu apego aos bens materiais, se lamenta ver suas posses nas mãos de outros,"se ainda sente cólera contra seus sucessores" [p 117], este Espírito, dominado pela AVAREZA, perderá a chance de nascer em um "plano superior mais feliz e nascerá no inferno dos Rakshasas ou no mundo dos Pretas.

O Thödol, ainda uma vez, recomenda o desapego, a renúncia em relação às posses e a tolerância em relação aos viventes que, porventura estejam se comportando de forma inadequada ou desrespeitosa. "Jamais crie pensamentos ímpios", o ideal é se concentrar em um sentimento de afeição tendo o pensamento repleto de humildade e fé. No estado intermediário, no Bardo, todo pensamento é forte a ponto de se tornar tangível.

"Diante disso, não pense em coisas ruins... lembre-se de qualquer gesto de devoção... Manifesta uma pura afeição humilde fé... Ora ao Compadecido"... [p 119]. Esta é a última chance de evitar uma reencarnação. Falhando em todas as tentativas e despertar em si o Entendimento, o indivíduo verá, então, as luzes dos seis Lokas e o derradeiro recurso para obter a Libertação é conseguir fechar a porta da matriz" ou seja, a porta de cada um dos mundos inferiores onde pode acontecer o Renascimento.

A matriz é o corpo-pai-mãe onde o Espírito será gestado e de onde nascerá. Quando aparece um dessas portas, o Ser pode sentir atração ou rejeição. O ideal é não sentir NADA. Os dois sentimentos devem ser rapidamente dissipados porque podem produzir a transferência imediata para um dos Lokas inferiores dos mais indesejados; mundos dos brutos [animal, vegetal ou mineral]; mundo dos Rakshasas; dos Pretas; o mundo dos Asuras. As melhores opções para quem vai reencarnar são o mundo dos Homens e o mundo dos Devas. É necessária a máxima atenção, concentração e serenidade nos próximos momentos porque serão decisivos para uma vida mais afortunada que a anterior.

VII. Renascimento

Perdidas todas as chances de se tornar um Buda, um Iluminado, "se a porta das matrizes não foi fechada, está na hora de tomar um novo corpo. Aparecem, então, os sinais e características do local de renascimento. O livro descreve os mundos inferiores:

Em Jambu, ver-se-ão grande e belas casas. Entre lá... Em Balang perceberás um um lago com cavalos e jumentos... Não vá para lá, retorna. Ainda que aí se encontrem a riqueza e a abundância, é uma terra onde a religião não prevalece... [Em]... Daminian, perceberás um [outro] lago, com gado pastando às margens, rodeado de árvores. Se bem que a vida aí seja longa e se encontrem méritos... também é [um] daqueles [lugares] onde a religião não predomina.Também não deves entrar... Àquele que deverá renascer como Deva surgirão templos exóticos [ou moradas] construídos com diversos metais preciosos. Pode-se entrar aí...

O que deve nascer como Asura avistará um floresta deliciosa, com círculos de fogo girando em direções opostas. ...Não entre aí. O que deve nascer entre os Pretas verá planícies desoladas, nuas, cavernas pouco profundas, clareiras na selva, florestas extensas... Nascendo como Preta, sofrerá as angústias variadas da fome e da sede... Não vá para lá. O que deve nascer no inferno ouvirá sons como lamentações e será constrangido a entrar lá de modo quase irresistível. Surgirão extensões tenebrosas, casas brancas e negras, buracos negros na terra... Indo para lá, entrará no Inferno, sofrendo as dores insuportáveis do calor e do frio... Não vá para esse meio. [p 127-128]

Reconhecer os seis Lokas não parece ser uma tarefa difícil quando se tem as instruções do Livro dos Mortos. Entretanto, o processo torna-se complicado porque, se o Espírito chegou a este ponto é certo que está sofrendo as mais variadas perturbações das assombrosas visões que seu pensamento confuso produz. Mesmo agora, quando chega o momento de escolher sua nova morada, seus fantasmas não cessam de perturbá-lo: são as Fúrias que o perseguem incitando-o a procurar abrigo em qualquer lugar, mesmo que seja o pior dos mundos.

Pensando que encontrou um esconderijo seguro, o Espírito acaba entrando em uma matriz indesejada, que pode surgir na forma de algum recanto acolhedor, como um lótus que se fecha quando se entra nele ou ainda grutas, buracos e ocos de árvores. Pensando ter encontrado um lugar seguro, na verdade, o indivíduo acaba aprisionado em matriz que não escolheu livremente; antes, foi dirigido para tal matriz pela força do mau carma e assim "assumirá um corpo miserável" onde passará a nova vida padecendo "sofrimentos variados".

VIII. Nascimento Supranormal e Nascimento no Germe

O Thödol relaciona quatro espécies de nascimento: pelo ovo, pela matriz, supranormal e pelo calor e umidade. O nascimento supranormal é a transferência direta do princípio consciente de um loka [mundo] para outro. Deste modo o Espírito evoluído poderá nascer entre Budas ou Devas. O Espírito inferior, entre Asuras. Pelo calor e umidade é o nascimento no mundo vegetal. O nascimento pelo ovo e pela matriz são semelhantes e também chamados de "nascimento pelo germe" [p 124]. É pelo germe que o nascimento acontece no mundo Humano ou entre Pretas, ou entre Rakshasas.

O nascimento pelo germe começa com a entrada do Espírito pela via etérea [em corpo sutil, radiante] no preciso momento em o espermatozóide e o óvulo se unem: "o Cognoscente" [Espírito] prova um período de alegria... vindo a desfalecer, em seguida, em estado de inconsciência"... Será encaixado na forma oval da circunstância embrionária... Do mesmo modo pode-se descer ao Inferno ou ao mundo dos espíritos infelizes [Pretas] [p 124].

Conclusões

A morte é um assunto desagradável. No Ocidente, tornou-se quase proibido falar nisso. É uma "conversa mórbida". Entretanto, todos vão morrer; a conversa mórbida é um fato universal e inquestionável: o corpo humano é perecível. Resta saber se algo, em nós, é imperecível. O Livro dos Mortos Tibetano afirma o conhecimento de que que sim! Existe no ser humano uma porção que não morre: o Espírito, que é o Ego, percepção que se traduz em "Eu Sou".

O Bardo Thödol, Livro do Estado Transitório entre Vida e Morte, é uma doutrina, um manual [no sentido de "livro"] e um ritual. Doutrina da ontologia do Humano [do SER Humano], manual para orientar as transições entre a vida material-Espiritual e a vida puramente Espiritual, ou seja, vida e morte e ritual facilitador desta transição entre o nascer e o morrer.

A instrução dos sacerdotes e dos fiéis budistas tibetanos em geral, inclui o estudo do Bardo Thödol, como informação necessária, indispensável para que a continuidade da existência, no post mortem, possa transcorrer como experiência feliz tanto quanto possível.

Considerando a limitação da vida terrena comparada à "eternidade" da existência no Universo, não é uma extravagância tibetana cuidar dessa existência não terrena com tanto zelo. O Ser existe mais tempo na condição metafísica, de Espírito [incondicionado... meditemos...], do quê na condição física de pessoa-personalidade humana-terrena.

A experiência de nascer e viver na Terra, ser-estar em um corpo físico, pode obscurecer a tal ponto a auto-consciência do verdadeiro EU que, ao findar de uma vida, a partir do momento da morte, um Espírito pode entrar em profunda confusão mental e ao invés de desfrutar da condição de espírito livre, sofre, apegado, preso aos costumes e lembranças de um SER no espaço-tempo [uma personalidade] que não existe mais.

O Bardo Thödol é o texto "religioso" mais amplo e objetivo, no sentido de científico, que trata da morte e de sua relação com a vida em detalhes preciosos. A instrução do Thödol chama a atenção para aspectos importantes da condição humana que acabam por ser completamente descuidados no dia-a-dia do homem contemporâneo.

A preparação para o momento da morte enfatiza a importância dos pensamentos ao longo da vida. As "visões", as ilusões que atormentam o espírito em Bardo são muito semelhantes aos tormentos do mundo. Figuras monstruosas, cenas aterrorizantes são as personificações metafísicas da realidade orgânica e psíquica dos piores sentimentos humanos. O espírito em Bardo é o ser em sua natureza primária, que é MENTAL; e a mente é como um lago que o Bardo deve manter em impassível repouso.

edição: Mahajah!ck
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